A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A informação foi inicialmente divulgada pelo site G1 e confirmada pelo Estadão.
Jair Renan teria falsificado as relações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia para angariar um empréstimo bancário.
Além de o filho 04 de Bolsonaro, a Polícia Civil também indiciou o instrutor de tiros Maciel Alves de Carvalho. Caberá ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a decisão de oferecer denúncia ou não à Justiça.
Inicialmente, a empresa conseguiu um empréstimo de R$ 157 mil com os documentos supostamente falsos. Depois, em 2023, obteve novos empréstimos de R$ 251 mil e R$ 291 mil.
Em dezembro do ano passado, o banco Santander entrou com uma ação de cobrança na Justiça do Distrito Federal contra Jair Renan, Maciel Carvalho e a RB Eventos e Mídia no valor de R$ 360 mil, referente a esses empréstimos que não foram quitados.
O indiciamento feito pela PCDF faz parte da mesma investigação em que Jair Renan foi alvo de mandados de busca e apreensão em agosto do ano passado. Na ocasião, os investigadores cumpriram ações em dois endereços do filho do ex-presidente: um apartamento em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e outro no Sudoeste, em Brasília.
Procurado, o advogado Admar Gonzaga, que defende Jair Renan, informou que não deseja se manifestar sobre o indiciamento de seu cliente. Em agosto, à época da operação, ele informou que o filho do presidente relatou estar "surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido". Maciel Carvalho não respondeu.
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