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A investigação revelou que o peixe baiacu continha uma toxina chamada TTX (tetrodotoxina) em sua vesícula biliar, sendo responsável pela tragédia (Foto: Reprodução)A investigação revelou que o peixe baiacu continha uma toxina chamada TTX (tetrodotoxina) em sua vesícula biliar, sendo responsável pela tragédia (Foto: Reprodução)

Uma tragédia abalou a cidade de Aracruz, no Espírito Santo, após a morte de Magno Sérgio Gomes, de 46 anos, que faleceu após consumir um peixe baiacu. O caso chocou a família e a comunidade local, deixando amigos e parentes perplexos diante da fatalidade que tirou a vida de um homem saudável e ativo.

A vítima, Magno, era coordenador de uma terceirizada da multinacional estaleiro Jurong, em Aracruz, especializada na construção de plataformas para exploração de petróleo e gás em alto mar. Casado e pai de três filhos, sua morte repentina deixou um vazio irreparável na vida da família.

O trágico episódio teve início quando um amigo de Magno levou uma sacola de peixe para a vítima, na tarde do dia 23 de dezembro. Desconhecendo a correta técnica de limpeza do peixe baiacu, o amigo se ofereceu para ajudar na tarefa. Horas após consumirem o peixe, Magno começou a passar mal, apresentando sintomas como dormência nos lábios. Rapidamente, foi encaminhado ao hospital, mas seu quadro de saúde se agravou em questão de minutos, resultando em uma parada cardíaca de oito minutos na recepção do hospital.

No hospital, Magno foi entubado e transferido para uma unidade particular em Vitória, onde permaneceu em coma induzido. Nos primeiros dias, sua situação assustou a família pela rapidez com que o veneno atingiu seu organismo, causando convulsões que afetaram seu cérebro.

Após 35 dias internado, Magno apresentou sinais de melhora, abrindo os olhos e tentando se comunicar. Entretanto, sua recuperação foi efêmera, pois o homem não respondeu aos medicamentos e veio a falecer no sábado (27).

O amigo que também consumiu o peixe baiacu, mesmo demorando a apresentar sintomas, acabou internado no mesmo hospital que Magno. Embora tenha sido liberado, a irmã da vítima revelou que ele sofreu sequelas neurológicas, incluindo dificuldades de locomoção.

A investigação revelou que o peixe baiacu continha uma toxina chamada TTX (tetrodotoxina) em sua vesícula biliar, sendo responsável pela tragédia.

No Brasil, os baiacus arara e pintado são os mais comuns, sendo este último mais tóxico. A recomendação dos especialistas é evitar o consumo do peixe devido à complexidade na limpeza e ao risco de contaminação pela toxina. A família de Magno, além de lamentar a perda, busca entender como uma prática comum se transformou em uma tragédia que custou a vida de um ente querido.

O trágico episódio levanta uma importante discussão sobre os perigos associados ao consumo do peixe baiacu. Amplamente apreciado na culinária brasileira, especialmente em regiões litorâneas, o baiacu é conhecido por sua delicadeza na preparação e, ao mesmo tempo, por abrigar a toxina letal em sua vesícula biliar.

A TTX é uma substância potencialmente mortal que, quando ingerida, pode causar uma série de sintomas, desde leve dormência na boca, mãos e pés até a parada cardiorrespiratória, levando à morte. A rapidez com que a toxina age é impressionante, como evidenciado pelo caso de Magno Sérgio Gomes em Aracruz.

Os especialistas alertam que o baiacu, especialmente o tipo conhecido como pintado, é o mais perigoso, contendo doses altíssimas de TTX. Mesmo o baiacu arara, considerado menos tóxico, não está isento de riscos. Diante disso, é fundamental que os consumidores estejam cientes dos cuidados necessários ao lidar com esse peixe peculiar.

1. Habilidade na Limpeza:

A remoção cuidadosa da vesícula biliar do baiacu é crucial para evitar a contaminação da carne com a toxina. É recomendável que apenas pessoas habilidosas na limpeza desse peixe assumam essa tarefa, reduzindo significativamente o risco de ingestão da tetrodotoxina.

2. Evitar a Autopreparação:


Para aqueles que não possuem experiência na limpeza do baiacu, é mais seguro adquirir o peixe já limpo em mercados especializados. A autopreparação, sem o conhecimento adequado, aumenta consideravelmente o risco de contaminação.

3. Conhecer o Tipo de Baiacu:


Reconhecer as diferentes espécies de baiacu é essencial. O baiacu pintado, por exemplo, é conhecido por sua alta toxicidade, enquanto o arara é considerado menos perigoso. A escolha do tipo de baiacu deve ser feita com consciência dos riscos envolvidos.

4. Atentar para Sintomas:


Caso ocorram sintomas como dormência, vômitos intensos ou dificuldades respiratórias após o consumo de baiacu, é crucial procurar assistência médica imediata. O rápido diagnóstico e tratamento podem ser decisivos para a recuperação.

A morte de Magno Sérgio Gomes serve como um alerta para a necessidade de conscientização sobre os perigos do baiacu. A apreciação desse peixe exige não apenas o paladar, mas também o conhecimento e o respeito pelos cuidados necessários em sua preparação. Em uma sociedade que valoriza a riqueza gastronômica, é fundamental que a segurança alimentar esteja sempre em primeiro plano para evitar tragédias como a que se abateu sobre a família Gomes em Aracruz.

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