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As evidências líticas e cerâmicas foram relacionadas a grupos indígenas que habitaram o local entre 500 e 600 anos (Foto: Divulgação)As evidências líticas e cerâmicas foram relacionadas a grupos indígenas que habitaram o local entre 500 e 600 anos (Foto: Divulgação)

Grupo investiu R$ 240 mil para ampliar laboratório da Uneb que estudará artefatos

Os mais de 46 mil achados arqueológicos que foram encontrados durante a construção dos 33 km da linha de transmissão do Parque Eólico Ventos da Bahia, pela empresa EDF Renewables, no Sertão baiano, serão estudados por estudantes e pesquisadores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Para isso, a companhia investiu mais de R$ 240 mil na ampliação de um laboratório da instituição.

Os artefatos foram encontrados entre as cidades de Mulungu do Morro e Cafarnaum, no Centro Norte do estado, apontam para ocupações do território por grupos de caçadores coletores pré-coloniais, com pinturas rupestres variadas e populações horticultoras ceramistas

As evidências líticas e cerâmicas foram relacionadas a grupos indígenas que habitaram o local num período imediatamente anterior ao contato com o colonizador europeu, entre 500 e 600 anos atrás.

Segundo Paulo Zanettini, responsável pelas pesquisas de arqueologia preventiva, voltadas ao licenciamento ambiental do Parque Eólico Ventos da Bahia, “as evidências resgatadas nos sítios contribuem para a dilatação do conhecimento em torno do processo de ocupação humana nessa porção precisa do centro setentrional do território baiano, notadamente no que se refere a grupos portadores da chamada cerâmica tupi-guarani”.

Em cumprimento ao Programa de Salvamento Arqueológico, os milhares de fragmentos descobertos serão incorporados à reserva técnica do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em Senhor do Bonfim, que contará com um espaço adicional de 215 metros quadrados.

Para a Diretora do Departamento de Educação da Uneb, Suzzana Alice, parcerias com instituições privadas contribuem para o fortalecimento e a autonomia da universidade pública na produção do conhecimento. “Com a reforma do laboratório, mais pessoas podem ter acesso a esse patrimônio científico e cultural. Sempre há a possibilidade de outros estudos serem desenvolvidos a partir da chegada de novo material, porque há interesse no aprofundamento, e tudo é disponibilizado para a comunidade científica”, detalha Suzzana.

A reforma do laboratório e o armazenamento dos achados ampliam a possibilidade de produção do conhecimento, por meio da pesquisa, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Responsável pela guarda definitiva dos materiais e endosso institucional aos diversos programas de pesquisa desenvolvidos na região, a Uneb garante que o aumento do número de materiais resultantes de coletas e novas investigações arqueológicas serão preservados, com mais segurança, nas novas instalações.

Além do investimento no laboratório da Uneb, o Parque Eólico Ventos da Bahia promoveu ações educativas para conscientizar e valorizar a descoberta junto à população da área de influência do empreendimento, por meio do Programa de Educação Patrimonial. Dessa forma, os achados contribuíram para a identificação de referências de significação das comunidades próximas; ampliaram o repertório dos educadores da rede municipal em relação ao Patrimônio Cultural e Arqueológico; foram tema de oficinas pedagógicas para o público estudantil; e participaram de uma pequena exposição itinerante composta por objetos arqueológicos e mapa de referências culturais da região.

Para Paulo Abranches, CEO da EDF Renewables no Brasil, “o salvamento realizado no Parque Eólico Ventos da Bahia contribui para a construção das memórias e identidade de Mulungu do Morro, Cafarnaum e áreas de influência do empreendimento.”

Ventos da Bahia
O Parque Eólico Ventos da Bahia foi o primeiro empreendimento da EDF Renewables no Brasil. O complexo conta com 75 turbinas e capacidade instalada de 183 MW. Entrou em operação em 2017 (1ª fase) e 2018 (2ª fase).

O parque está localizado nos municípios de Mulungu do Morro e Bonito, a 340 km de Salvador, no estado da Bahia e é capaz de abastecer mais de 460 mil lares brasileiros.

A partir de 2022, o complexo passará por uma expansão e contará com uma capacidade instalada de 358 MW.

Sobre a EDF Renewables do Brasil
A EDF Renewables é uma empresa internacional líder em energias renováveis, com capacidade instalada bruta de 13 GW em todo o mundo. Seu desenvolvimento é focado em energia eólica e solar fotovoltaica.

A EDF Renewables opera principalmente na Europa e na América do Norte, mas continua crescendo ao se mudar para regiões emergentes promissoras, como Brasil, China, Índia, África do Sul e Oriente Médio.

A empresa tem posições fortes em energia eólica offshore, mas também em outras áreas da indústria de energias renováveis, como energia distribuída e armazenamento de energia.

A EDF Renewables desenvolve, constrói, opera e mantém projetos de energias renováveis, tanto para si como para terceiros. A maioria de suas subsidiárias internacionais tem a marca EDF Renewables.

A EDF Renewables é a subsidiária do Grupo EDF especializada no desenvolvimento de energia solar e eólica. No Brasil desde 2015, a EDF Renewables encontra-se entre as líderes do país no setor de energia renovável, totalizando cerca de 1GW em projetos instalados ou em construção de energia solar e eólica em Minas Gerais e na Bahia.

A reforma do laboratório e o armazenamento dos achados ampliam a possibilidade de produção do conhecimento, por meio da pesquisa, tanto na graduação quanto na pós-graduação (Foto: Divulgação)A reforma do laboratório e o armazenamento dos achados ampliam a possibilidade de produção do conhecimento, por meio da pesquisa, tanto na graduação quanto na pós-graduação (Foto: Divulgação)

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