Segundo o sindicato, o proprietário da Fixar tem se mostrado inflexível e adotado práticas retrógradas, impedindo que os trabalhadores se organizem e tenham representação sindical (Foto: Reprodução)
O Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, denunciou nesta sexta-feira (14), “a perseguição, assédio moral, condições de trabalho precárias e a negação dos direitos mais fundamentais garantidos pela Constituição Federal”, que os trabalhadores da Fixar, empresa que atua na produção de parafusos e similares em Camaçari, estariam enfrentando. Essa não é a primeira denúncia feita pelo sindicato, que desde novembro de 2024 relata situações de possível negligência da empresa em priorizar a segurança dos seus colaboradores, além da coação e demissões supostamente arbitrárias.
Segundo o sindicato, o proprietário da Fixar tem se mostrado inflexível e adotado práticas retrógradas, impedindo que os trabalhadores se organizem e tenham representação sindical. Os representantes sindicais afirmam que essa atitude diverge do está estabelecido na Constituição Federal, no artigo 8º, que “garante aos trabalhadores o direito de se organizar em sindicatos, participar de assembleias e lutar por melhores condições de trabalho”.
O comunicado divulgado pela representação dos metalúrgicos do município, diz que o proprietário tem se recusado a sentar para negociar e que houve três tentativas frustradas de mediação realizadas na Superintendência Regional do Trabalho. A denúncia segue ainda, relatando práticas abusivas e ilegais, que têm gerado um ambiente de extrema precariedade para os trabalhadores.
O Sindicato dos Metalúrgicos revela, que a Fixar, que possui mais de 200 funcionários, só regularizou o pagamento de salários conforme o piso da categoria após denúncias feitas pelo Sindicato. A intervenção sindical também teria sido necessária para que a empresa, que esteve três anos sem a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), regularizasse a situação esse ano.
Dentre as denúncias apresentadas, estão desvio de função, fazendo com que os trabalhadores desempenhem atividades que não condizem com seus cargos, sem qualquer remuneração ou reconhecimento adicional; ausência de um plano de cargos e salários, o que impede o crescimento profissional e a valorização dos trabalhadores e alimentação inadequada.
Confirme a apuração, a empresa não oferece transporte, vale alimentação, plano de saúde, ou participação nos lucros e resultados (PLR). Existem relatos de que o ambiente de trabalho também é insalubre, com banheiros sujos e condições de higiene inadequadas, além das queixas de assédio moral e perseguição constante.
Diante da situação apontada, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari informa que está tomando medidas judiciais contra as práticas denúncias na Fixar e já está denunciando essas infrações ao Ministério Público do Trabalho.
Empresa Fixar atua na produção de parafusos e similares em Camaçari (Foto: Reprodução)
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