Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães (Foto: Reprodução/Street View)
Vítimas seriam ao menos oito adolescentes com idades entre 15 e 17 anos. Advogado diz que procurou MP para acionar Justiça.
Dois professores da rede estadual de educação que atuam na cidade de Camaçari, foram afastados das atividades após serem denunciados por um grupo de alunas por assédio sexual.
O caso ocorreu no Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães, que fica no centro do município. De acordo com informações, as vítimas seriam ao menos oito estudantes com idades entre 15 e 17 anos.
O advogado das adolescentes, Helder Matos, diz que elas denunciaram a situação para a direção do colégio no dia 23 de março deste ano. Na denúncia, as meninas relataram que os assédios teriam começado no início do ano. Os professores teriam convidado elas para sair e beber bebidas alcoólicas, e ainda teriam feito comentários nas redes sociais das garotas com cunho sexual.
“Fizeram acusações de que os professores ficam tentando aliciar, falavam palavras do ponto de vista depreciativo, com cunho sexual, inclusive um deles chamando as meninas de 'gostosa', etc. Eles ficam, segundo elas, com olhares maldosos nas regiões íntimas, seios e tudo mais", relatou Helder Matos ao g1 Bahia.
"Não é apenas uma, são oito meninas que vieram até mim. Elas são do turno matutino, do primeiro ano, com idades entre 15 e 17 anos, que também alegaram que outras meninas do turno vespertino passam pela mesma situação”, completou o advogado.
Segundo o advogado, após ser procurado pelas adolescentes, ele entrou em contato com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para acionar a Justiça.
Em nota, o MP-BA informou que instaurou um procedimento ainda no dia 23 de março para acompanhar o caso. Segundo o MP-BA, o órgão oficiou o Conselho Tutelar para acompanhar o caso e agora aguarda novas informações para decidir quais medidas serão tomadas no âmbito criminal e de proteção às adolescentes.
Já a Secretaria Estadual de Educação informou que além de afastar os professores, a direção da unidade escolar fez o acolhimento das estudantes, dialogou com as famílias e coletou os depoimentos.
A SEC afirmou ainda que vai prestar informações sobre as medidas adotadas em audiência com o Ministério Público.
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