O prefeito Antônio Elinaldo (DEM) segue com seu planejamento de extinguir com a autarquia criada há 38 anos (Foto: Ascom Limpec)
Após agregar a Limpec ao organograma da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), para facilitar a transferência dos serviços da empresa para pasta, o prefeito Antônio Elinaldo (DEM) segue com seu planejamento de extinguir com a autarquia criada há 38 anos. O próximo passo, já anunciado na imprensa, será a licitação do aterro sanitário e provavelmente da coleta do entulho, serviços feitos pela Limpec, no mesmo pacote da licitação da coleta do lixo domiciliar, varrição e serviços congêneres de limpeza pública feitos pela Abrantes Ambiental até 31 de dezembro de 2016.
Atualmente a Limpec é responsável pela gestão do aterro sanitário, da coleta do resíduo da construção civil (RCC), coleta do resíduo de serviço de saúde (RSS), coleta de podas e animais mortos, coleta do resíduo do Polo Industrial, incineração e programas de educação ambiental.
De acordo com o anunciado na imprensa, e publicado aqui no CFF, será feito um contrato emergencial de três meses com uma empresa, através da Sesp, para coleta do lixo urbano, varrição e roçagem. Durante esse período será preparado o processo de licitação de todo sistema de coleta e limpeza de Camaçari. Vale lembrar que em 2016 já houve essa licitação, onde dividiu a privatização em dois blocos de serviços. Contudo, a mesma foi embargada e cancelada pela justiça após processo de embargo apresentado pelo vereador Jorge Curvelo (DEM).
Importante saber, até que ponto essa licitação será benéfica para o município. Pois, muito se alardeia por aí que a Limpec custa aos cofres de Camaçari R$ 50 milhões. Entretanto, informações da Limpec contestam esse valor, afirmando que em 2016 a Limpec não custou ao município nem metade desse valor. E se recebesse da Prefeitura de Camaçari o valor pago pelas empresas à prefeitura no IPTU industrial, pela coleta que a Limpec faz, a empresa receberia cerca de R$ 21 milhões. E se a prefeitura pagasse à Limpec pelo descarte do resíduo domiciliar no aterro seriam mais R$ 28 milhões. E só de faturamento próprio foram quase R$ 6 milhões em 2016.
Lembrando que a licitação ocorrida em 2016, custaria à Prefeitura Municipal de Camaçari R$ 83 milhões por ano para realizar o serviço de coleta de lixo urbano, entulho, podas, varrição e a operação do aterro sanitário. Isso se não houver nenhum aditivo aumentando ainda mais esse montante. Custo bem superior ao existente com a Limpec e o atual modelo de coleta de lixo da cidade. Sendo assim, que se pergunta é onde estaria a vantagem em terceirizar e privatizar os serviços da Limpec?
Com esses números, o que se vê é a Limpec buscando provar que é uma empresa viável e poderia ter uma receita superior a R$ 50 milhões caso recebesse por todos os serviços que presta ao município. Valor mais de duas vezes superior ao que a prefeitura repassa à empresa. Comprovando a viabilidade da Autarquia.
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