A greve dos médicos de Camaçari completou quatro meses sem um acordo entre a Prefeitura Municipal e a categoria. Alegando descaso do governo municipal, os médicos estão solicitando a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), para pôr fim ao impasse. A disposição da categoria é levar ao Ministério a proposta de retorno ao trabalho com o contingente de 70%, respeitando o que vem sendo praticado pelo movimento grevista do funcionalismo do município.
Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed), a Prefeitura não tem se mostrado sensível com a população e com as condições de trabalho e de atendimento, reivindicações que estão no foco central da paralisação. “Demonstrando total despreparo e irresponsabilidade com o bem estar coletivo, os gestores não negociam nem sinalizam com as melhorias reivindicadas. Sequer o reforço na segurança das unidades foi providenciada”, afirma o sindicato em nota.
A solução indicada pela categoria é a intermediação do MPT, para que seja dado “um voto de confiança” para a negociação. “Diante da gravidade da situação e da falta de horizontes para uma solução negociada, a principal preocupação é com o atendimento à população, que sofre o desgaste de uma greve longa”, ressalta a categoria.
Os médicos reclamam ainda de retaliações. De acordo com o Sindmed, vários especialistas estão sob ameaça de devolução para suas unidades de origem, das quais foram realocados há muito tempo, além de suspensão da extensão de carga horária sem aviso, o que acarreta uma redução salarial considerável.
A audiência com o Ministério Público deve acontecer ainda no início dessa semana.
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