Sem avanços na negociação com o governo municipal, o Sindicato dos Professores de Camaçari (Sispec), realiza nesta sexta-feira (15), mais uma assembleia com a categoria para discutir os rumos da greve. A reunião acontece a partir das 14h30 horas, na Escola Normal.
Em assembleia realizada na última quarta-feira (13), a categoria repudiou a proposta de reajuste salarial de até 2% garantida pelo secretário de Educação, Juipurema Sandes. Após apreciação da pauta, os professores votaram pela continuação da greve e aprovaram novos encaminhamentos.
Além de manter a paralisação, a categoria votou pela manutenção do reajuste de 11,36%, negociação com mediação do Ministério Público do Trabalho, não reposição dos dias paralisados na Greve Nacional e pagamento dos retroativos da gratificação por aperfeiçoamento nas folhas de abril e maio de 2016.
A pauta prevê ainda a finalização de todos os processos de enquadramento em abril de 2016, manter aberto o prazo para solicitação de gratificação por aperfeiçoamento até a aprovação do PCCR e conclusão da reforma do PCCV/PCCR em 2016.
A apreciação da pauta e novos encaminhamentos da paralisação serão decididos na tarde de hoje.
Limite de gastos
O governo municipal informa que fez consultas ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e aguarda um retorno do órgão para apresentar nova proposta à categoria. Mas, o secretário da Fazenda, Camilo Pinto, afirma que o teto de 11,36% está acima da capacidade do executivo, cujo gasto com pessoal está próximo dos 54% limite.
Outro argumento usado pelo secretário é a legislação eleitoral, que não permite que seja dado reajuste acima da inflação depois do terceiro mês quando o ano for eleitoral. Camilo explica que mesmo que a gestão tivesse condições financeiras de conceder o reajuste, este não poderia ultrapassar o percentual de 10,67% referente ao índice inflacionário.
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