O governo já sabe que houve uma sobrecarga em uma linha de transmissão de energia no Ceará
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou nesta quarta-feira, 16, que um "erro técnico" causou o apagão em 25 Estados e no Distrito Federal ocorrido nesta terça-feira, 15. Rui negou que exista excesso de demanda e ausência de oferta como razão do problema.
"Foi erro técnico, falha técnica, precisa identificar o que foi que aconteceu. Espero que o mais rápido possível consigamos dizer à sociedade", afirmou em programa da EBC.
O governo já sabe que houve uma sobrecarga em uma linha de transmissão de energia no Ceará, o que fez com o que o sistema entrasse em colapso nas regiões Norte e Nordeste. Quando isso ocorreu, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) modulou a carga que estava sendo enviada para o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste, como forma de proteção, o que fez com que a energia fosse reduzida nessas regiões. Houve pelo menos 16 mil megawatts (MW) de interrupção de energia.
Segundo o MME, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste a energia voltou cerca de uma hora depois da interrupção e, no Norte e no Nordeste, o fornecimento foi completamente restabelecido às 14h49.
A queda de energia atingiu 25 estados e o Distrito Federal. O único estado que não foi afetado foi Roraima, que não é integrado ao Sistema Interligado Nacional. Cerca de 27 milhões de pessoas foram atingidas, o que representa um terço dos consumidores brasileiros.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o apagão foi foi um evento extremamente raro. “Tenho absoluta convicção de que o ONS, até pela sua característica técnica, não vai ter condição de dizer textualmente se esses eventos foram eminentemente técnicos, ou se houve também falha humana ou até dolo”, disse o ministro, lembrando que o setor é altamente estratégico, sensível e fundamental para a sociedade brasileira.
Além das apurações internas do ONS e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi solicitado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também investiguem com detalhes as causas da falta de energia.
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