Entre os principais sintomas estão exantemas – quando há o aparecimento de erupções cutâneas vermelhas em uma região específica ou por todo o corpo (Foto: Reprodução)
Canabrava, Canela, Pau da Lima, Fazenda Grande II, Jardim das Margaridas, Dom Avelar, Cajazeiras, São Marcos, e Lauro de Freitas
Já chegou a 90 o número de casos da “doença misteriosa” que vem afetando moradores de diferentes localidades de Salvador e até da Região Metropolitana. Os registros levam em conta o que já foi aferido, no total, pelas Secretarias Estadual (Sesab) e Municipal de Saúde (SMS). Só no Condomínio Greenville, em Patamares, onde os primeiros registros começaram, o órgão municipal notificou, até agora, 79 casos. As investigações por lá começaram no início deste mês.
Já conforme a Sesab, além das situações no condomínio de luxo, registros da doença também foram verificados em outros bairros da cidade: 11, até então. Os locais ficam em nove diferentes regiões: Canabrava, Canela, Pau da Lima, Fazenda Grande II, Jardim das Margaridas, Dom Avelar, Cajazeiras e São Marcos, além de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana da capital baiana. Esse grupo foi atendido no Hospital São Rafael, em Salvador.
Entre os principais sintomas estão exantemas – quando há o aparecimento de erupções cutâneas vermelhas em uma região específica ou por todo o corpo – e coceiras, que constituem uma das queixas mais comuns dentro das patologias dermatológicas. Ainda segundo o órgão estadual, foram feitos exames juntos aos pacientes que tem o problema, mas, nas amostras coletadas, os resultados foram negativos para as arboviroses como zika, dengue e chinkungya.
Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que, no que compete a ela, não há informações sobre casos do agravo em outras localidades da capital. “Informamos que no dia 05 de outubro de 2018, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria Municipal de Saúde tomou conhecimento da ocorrência de indivíduos residentes no complexo de condomínios Greenville apresentando um quadro dermatológico a esclarecer”, explicou a assessoria de comunicação da SMS.
Um dia depois, 06 de outubro, o Centro conduziu e iniciou a investigação epidemiológica no Complexo. Desde o último dia 09, uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses realizou visita no local a fim de realizar vigilância entomológica (identificação e controle de mosquitos). “Estamos buscando no momento determinar a existência de um surto, identificar e confirmar diagnóstico dos casos, levantar hipóteses e propor medidas de controle junto aos residentes do local”, ressaltou a Secretaria.
A principal suspeita é a de que os sintomas, que duram entre cinco e seis dias, tenham origem em picadas de insetos. Por conta da quantidade de casos, infectologistas apontam que há um surto da doença e pedem continuidade nas investigações. A Fundação Oswaldo Cruz deve receber amostras de animais e insetos nos locais onde as pessoas tiveram manifestações da doença.
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