Processo é dirigido pelo DIAP e está em segredo de justiça (Foto: LISA SOARES / GLOBAL IMAGENS)
A procuradoria Geral da República portuguesa (PGR) abriu inquérito para apurar se o seu Ministério Público não teria cometido alguma irregularidade na investigação do caso das adoções ilegais de crianças de que é acusada, por um canal de televisão, TVI, líder de audiência daquele país, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Na nota enviada para a imprensa portuguesa, a PGR, mesmo com todo material exibido pela emissora, que já atinge os quase 10 vídeos com 'documentos' que havia prometido, publicado no seu canal oficial no Youtube, põe sob suspeita o próprio órgão fiscalizador: "(...)por considerar que a atuação funcional do Ministério Público no âmbito deste universo de processos não pode deixar de ser objeto de análise, a Procuradora-Geral da República determinou a abertura de um inquérito com vista a averiguar a eventual existência de procedimentos incorretos ou irregulares", diz a nota enviada à imprensa portuguesa nesta terça-feira, 19.
Procurada pelo jornal português, Diário de Notícias (DN), o que seria a polícia federal daquele país disse ao DN que "os crimes prescreveram". Ilícitos graves como sequestro de crianças ou associação criminosa, têm um prazo máximo de 20 anos para serem investigados, diz a matéria, que teria dito a polícia ao jornal.
O texto do DN traz questionamentos que não são fáceis de explicar, como a entidade responsável pela fiscalização das adoções, denominada Segurança Social, sobre quem a TVI levanta suspeita de ter sido no mínimo omissa para com as atividades da IURD no suposto esquema que teria sido investigado por sete meses pela emissora, somente agora, depois de contatada pela TVI, ter procurado o Ministério Público para fazer a denúncia.
Edir Macedo, mesmo sem ainda exibir argumentos ou documentos que efetivamente o inocente, refuta as acusações e promete "largas dezenas de ações" contra a emissora. Segundo outro veículo português, o Observador, "o objetivo é simples: inundar os tribunais um pouco por todo o país — e, no caso de Portugal, por toda a União Europeia — de pequenos processos movidos por fiéis e pastores, alegando danos morais e obrigando a estação a um esforço enorme (acompanhado de gastos significativos) para conseguir se defender em múltiplos julgamentos".
O fato é que, se houve de fato os crimes, e eles estão prescritos na lei humana, não estarão jamais prescritos na lei divina. Pelo menos não, conforme a Bíblia, para quem crê, enquanto não houver arrependimento.
Aqui a íntegra da matéria do jornal português.
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