Flávio Matos (União Brasil), candidato derrotado à prefeito de Camaçari - Foto: Redes Sociais
Sem mandato e ainda processando a derrota nas eleições municipais, Flávio Matos (União Brasil) recorreu às redes sociais nesta segunda-feira (18) para lamentar a diplomação do prefeito eleito Luiz Caetano (PT). Em um tom ressentido e marcado por críticas previsíveis e repetitivas, o ainda presidente da Câmara Municipal prometeu fiscalizar a futura gestão.
“Hoje é um dia muito triste para aqueles que, assim como eu, acreditam na nova política e sabem da importância de ter bons gestores honestos à frente das cidades”, começou Matos. Como já é comum no comportamento da direita, Matos demonstrou não respeitar o processo democrático e voltou a repetir acusações sem provas, contra Caetano, afirmando que ele teria usado “todo o poderio econômico do governador” para se eleger.
O curioso dessa afirmação é que Flávio Matos foi o candidato a prefeito com maior gastos proporcionais de campanha em todo Brasil, batendo recorde inclusive no gasto com combustíveis, que superou R$ 1 milhão, indo parar na capa de jornais como Uol e Terra. Mas, mesmo com todo derramamento de dinheiro, a única coisa que parece ter restado para o então candidato foi uma dívida de campanha que, coincidentemente, também beira R$ 1 milhão.
Mentira e vingança
No vídeo, Matos também aproveitou o número de abstenções para tentar inflar o índice de rejeição ao prefeito eleito, sugerindo que “120 mil pessoas votantes não querem o que está prestes a começar”. O argumento, no entanto, ignora um fato importante: o alto índice de abstenção também representa uma rejeição ao próprio candidato derrotado, e ao seu grupo político: as mais de 40 mil pessoas que não compareceram às urnas tampouco confiam nas palavras de Matos..
O discurso do ex-vereador expôs ainda vingancismo e imaturidade política. Ao usar a expressão “vocês foram pedras, agora vocês têm que aprender a ser vidraça”, o ex-pupilo do prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil) deixou claro que sua intenção parece mais voltada ao ajuste de contas pessoais do que ao exercício de uma oposição responsável. Em um momento em que a população espera maturidade política e foco nas demandas do município, o tom beligerante evidencia uma desconexão com a realidade do Município.
Na tentativa de se posicionar como "soldado da oposição", Matos prometeu fiscalizar a nova gestão de Luiz Caetano: “Estou aqui pronto para ser um soldado de oposição fiscalizador do recurso público e do serviço público”, afirmou ele, que foi alvo de denúncia por um processo de licitação fraudulenta.
Ao final, Flávio Matos buscou encerrar com um discurso de resistência, afirmando: “Vamos ao futuro, a batalha está só começando e eu preciso que você esteja ao meu lado nessa luta de fiscalização”. No entanto, suas palavras carecem de autocrítica e deixam de reconhecer os desafios impostos pela atual gestão, da qual fez parte diretamente.
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