O prefeito de Camaçari, Antônio Elinaldo (União), levantou graves acusações nesta segunda-feira (30) contra o tenente-coronel Wellington Morais Santos, que segundo ele é o responsável pelas tropas no período eleitoral. De acordo com Elinaldo, o oficial estaria favorecendo adversários políticos, criando um ambiente de intimidação durante o período eleitoral. Em resposta, o prefeito afirmou que pedirá a intervenção da Polícia Federal no município, caso o comandante não seja afastado de suas funções.
Durante entrevista na rádio Sucesso FM, Elinaldo declarou que espera providências por parte de governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do comandante-geral da PM, Paulo Coutinho, no sentido de afastar o tenente-coronel do seu posto na cidade. "Se o governador não tomar providências, vamos acionar a Polícia Federal para garantir a lisura do processo eleitoral em Camaçari", disse Elinaldo. Na opinião dele, sem uma intervenção, há o risco de uma tragédia ocorrer na cidade.
Denúncias de coação e abuso de poder
O prefeito afirmou ainda que, desde a chegada do comandante Wellington, casos de abuso de poder e ameaças contra eleitores tornaram-se recorrentes, principalmente contra apoiadores de seu grupo político. Elinaldo relatou, sem apresentar provas, que mulheres vestidas com camisas azuis, cor que simboliza seu partido, foram forçadas a tirar as roupas em público por pessoas supostamente ligadas ao PT. “Tem lugares em que estão obrigando mulheres a ficarem de sutiã na rua. Isso é um absurdo e ninguém faz nada”, denunciou.
O prefeito também apontou casos de violência física, incluindo uma agressão contra o vereador Dudu do Povo, ocorrida na Gleba E. "Bateram no vereador e nada foi feito. Estamos vendo uma postura de opressão por parte desse comandante, o que a maioria dos policiais não concorda", disse Elinaldo, sem citar que o episódio envolvendo o vereador foi marcado também por atos de violência executados por integrantes do “time azul”.
Convênio e apoio à PM
Apesar das acusações contra o comandante, Elinaldo elogiou a Polícia Militar de Camaçari de maneira geral, destacando o convênio anual de R$ 5 milhões que a prefeitura mantém para apoiar as atividades da corporação, incluindo transporte, combustível, alimentação e alugueis para as forças de segurança. Ele reiterou que o problema não é com a instituição, mas sim com a conduta específica do comandante Wellington.
A expectativa agora é de uma resposta do governo estadual sobre as denúncias e pedidos de intervenção feitos por Elinaldo. Caso o comandante não seja afastado, o prefeito promete acionar as autoridades federais para garantir a integridade das eleições no município.
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