Presidente Jair Bolsonaro realizou pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, onde tratou sobre a pandemia de Covid-19 (Foto: Reprodução)
Presidente já foi alvo de manifestações neste fim de semana, com 17 capitais do Brasil registrando passeatas de opositores
Várias capitais brasileiras registraram panelaço a partir de 20h30 desta quarta-feira (2), durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em cadeia nacional. Mais cedo, o termo "panelaço" foi para os trending topics do Twitter.
O presidente já havia sido alvo destes protestos em março deste ano, quando também falou em pronunciamento sobre a pandemia e a vacinação contra a covid-19. Em meio ao prolongamento da segunda onda da covid-19 e o valor considerado baixo do novo auxílio emergencial, o presidente sofreu abalo na sua popularidade.
Bolsonaro também está sob pressão por causa da CPI da Covid, instalada no Senado para apurar possíveis omissões do governo federal no enfrentamento à crise sanitária. Em pouco mais de um mês de trabalho, alguns dos principais integrantes do governo federal foram questionados pelos senadores.
No pronunciamento desta quarta, o presidente voltou a defender ações do governo federal para acelerar a vacinação e conter a crise econômica causada pela pandemia. Ele citou a marca de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 entregues pelo governo aos estados, a sanção de nova rodada do Pronampe, que será permanente, e os esforços da gestão para a privatização de estatais.
Ele também voltou a defender a realização da Copa América no Brasil, justificando que a competição seguiria protocolos de outros torneios. "Todos os nossos 22 ministros consideram o bem maior de nosso povo a sua liberdade. Que Deus abençoe o nosso Brasil", disse Bolsonaro ao encerrar sua fala.
Durante o pronunciamento, que durou cerca de sete minutos, os atos foram registrados em diversas capitais brasileiras, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belém, Belo Horizonte, Ceará, Porto Alegre.
Em São Paulo, manifestantes bateram panela em bairros como Santa Cecília, Vila Mariana, Sumarezinho, Vila Madalena, Alto de Pinheiros, Pompeia e Barra Funda. No Rio, moradores da Barra da Tijuca, de Copacabana e Jardim Botânico também protestaram.
Em Fortaleza, os panelaços também foram registrados, com manifestantes gritando palavras de ordem e pedindo pelo impeachment de Bolsonaro.
No Rio de janeiro, os protestos foram ouvidos nos bairros da Lapa, Copacabana, Gávea, entre outros.
Vídeo
Na cidade de Porto Alegre, os protestos foram gravados no centro histórico da capital e no bairro de Santana.
Protestos
No último sábado (29), manifestantes de diversas cidades do Brasil foram às ruas contra o governo Bolsonaro para pedir a prorrogação do auxílio emergencial e a aceleração na vacinação contra a covid-19. Os atos foram registrados em pelo menos 17 capitais.
Na capital pernambucana, houve confronto dos manifestantes com a Polícia Militar, que chegou a atirar balas de borracha e usou spray de pimenta e bombas de efeito moral nas pessoas que estavam nas ruas. Há registros de feridos.
Em São Paulo, a ato lotou seis quarteirões da Avenida Paulista.
Assista ao pronunciamento do Presidente da República Jair Bolsonaro - Vídeo
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