Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) (Foto: Reprodução)
Repórter Juliana Dal Piva e o editor-chefe da revista Época, Pedro Dias Leite, detalham as principais despesas quitadas em espécie e contam a relação dessas operações com a investigação do esquema da rachadinha na Alerj
Ao Ministério Público do Rio, o senador Flávio Bolsonaro afirmou, em depoimento prestado no começo de julho, que não se recorda de nenhum pagamento em dinheiro para a aquisição de dois apartamentos, em Copacabana, em 2012. Ocorre que o MP descobriu, na investigação sobre a prática da rachadinha no gabinete de Flávio, quando ele era deputado na Assembleia do Rio (Alerj), elementos que levantam suspeitas de que houve, sim, pagamento em espécie, com valores bem altos. O vendedor depositou R$ 638 mil, em dinheiro, na agência que fica a uma rua do cartório onde foi lavrada a escritura do negócio, no mesmo dia da operação. Para o MP, a venda foi registrada com valor abaixo do negociado e o pagamento, em espécie, foi feito por Flávio, com dinheiro do esquema da rachadinha.
No círculo mais próximo do presidente, o pagamento de despesas de toda ordem em espécie é bastante usual. Reportagem publicada pelo GLOBO, na quarta-feira, mostra que, em 24 anos, os Bolsonaro usaram, ao menos, R$ 1,5 milhão, em espécie, para quitar compromissos. Em valores corrigidos, são R$ 2,9 milhões. No Ao Ponto desta sexta-feira, a repórter Juliana Dal Piva e o editor-chefe da revista Época, Pedro Dias Leite, detalham o quanto esse hábito de pagamentos em dinheiro se confunde com as investigações sobre o caso Queiroz, cuja prisão domiciliar foi revogada na quinta-feira.
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