General Eduardo Pazuello, número dois da pasta de Saúde (Foto: Valter Campanato | Agência Brasil)
Pazuello é número 2 da Saúde e não responde ao ministro, e sim diretamente ao presidente
Substituto de Henrique Mandetta no Ministério da Saúde, Nelson Teich pode ter destino parecido ao colega. Segundo fontes da revista Veja, Teich já está perto do limite por conta das desavenças com o presidente Jair Bolsonaro, em grande parte por não concordar em endossar o uso generalizado da cloroquina no tratamento para covid-19.
Nessa semana, irritado com Teich não defender a cloroquina como ele entende ser necessário, Bolsonaro já chamou o general Eduardo Pazuello, número dois da pasta de Saúde, perguntando se ele aceitaria assumir o cargo em caso de demissão de Teich. Segundo a Veja, Pazuello aceitou.
A revista conta que Teich já deu sinais de que se arrependeu de ter permitido uma espécie de intervenção militar na gestão, proposta por Bolsonaro. Pazuello não se reporta ao ministro, mas sim diretamente ao presidente. “Teich veio para ser o cérebro. O problema é que não avisaram o corpo (Pazuello)”, afirma um auxiliar do ministro.
Presidente e ministro já demonstraram falta de sincronia na semana passada, quando Teich soube por jornalistas do decreto que declarava como essenciais academias, salões de beleza e barbearias.
O ministro aparentou certo desconforto e falou depois que certos pré-requisitos deveriam ser atendidos para não expor as pessoas a riscos. "Você pode trabalhar o retorno de algumas coisas. Agora, tratar isso como essencial é um passo inicial", disse. "Saiu hoje?", perguntou então, interrompendo o que dizia. "Não é atribuição nossa, isso aí é uma decisão do presidente".
Depois de falar com o general Pazuello, Teich minimizou o fato de que não teria sido consultado. Afirmou ainda que sua pasta não vai comentar as áreas incluídas como atividades essenciais.
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