Presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)
Segundo o presidente, novo diretor do Inpe apresentará com antecedência os dados a fim de preparar a resposta à imprensa. Governo trocou o comando do instituto nesta semana.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (7) que vai receber os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento antes da divulgação oficial, quando se tratarem de números "alarmantes".
Nesta semana, o governo anunciou que Darcton Policarpo Damião, oficial da Aeronáutica, será diretor interino do Inpe. O diretor anterior, Ricardo Osório Galvão, pediu demissão após receber críticas de Bolsonaro sobre a divulgação dos dados.
Nesta quarta, ao deixar a residência oficial do Palácio da Alvorada, o presidente explicou que os números do desmatamento na Amazônia têm reflexo "no mundo todo" e que o envio de dados com antecedência ao governo vai permitir, entre outras medidas, um melhor preparo para dar respostas à imprensa.
“Ele vai apresentar os números para mim, se forem alarmantes, antes de tomar a decisão. Até para eu me preparar para responder para vocês. Isso tem reflexo no mundo todo”, disse Bolsonaro.
Agrotóxicos
Bolsonaro também defendeu o registro de novos agrotóxicos no Brasil e o uso dos defensivos na produção de alimentos.
Dados do Ministério da Agricultura indicam que a quantidade de pesticidas registrados vem aumentando nos últimos quatro anos. Neste ano, até julho, 262 registros foram liberados.
"Se nós estivéssemos envenenando os nossos produtos, o mundo não os compraria. É simples. Nós somos o país que menos usa agrotóxicos na agricultura. Por que novos agrotóxicos? Para substituir os anteriores. Quem não quer mudar de carro, um carro mais moderno? É o que nós fazemos", disse o presidente.
Presidente da OAB
Perguntado se foi um pedido seu a decisão da Petrobras de encerrar um contrato mantido com o escritório do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, Bolsonaro disse que a estatal não deveria ter buscado os serviços.
"Eu havia falado já, nem era para ter esse contrato. Não é porque era ele [Felipe]. A Petrobras não precisa disso, dar dinheiro para um cara da OAB que recebe recursos milionários e não é auditado por ninguém", afirmou.
Santa Cruz foi alvo de um comentário de Bolsonaro na semana passada. Segundo afirmou Bolsonaro, o pai do presidente da OAB, Fernando Santa Cruz, foi morto durante a ditadura por companheiros da Ação Popular (AP), versão que contraria documentos da Marinha e da Aeronáutica. Os documentos oficiais apontam que o militante foi preso por agentes do regime militar um dia antes da data em que foi morto.
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