Governador da Bahia, Rui Costa (PT) (Foto: Reprodução)
Ontem o jornal “O Estado de S.Paulo” disse que cresce dentro do próprio partido de Rui a aposta de que o chefe do Palácio de Ondina será o postulante do PT a presidente
No segundo mandato como governador da Bahia, Rui Costa (PT) tem visto o seu nome ganhar força, na imprensa nacional, para disputar a Presidência da República em 2022. No início da semana, foi perguntado no programa “Canal Livre”, da “Band”, se pode ser o nome do PT para competir o Palácio do Planalto daqui a três anos. Ontem, foi a vez do jornal “O Estado de S.Paulo” informar que cresce dentro do próprio partido de Rui a aposta de que o chefe do Palácio de Ondina será o postulante do Partido dos Trabalhadores a presidente.
Segundo o diário paulista, petistas defendem que Rui Costa tenha um maior protagonismo nos destinos da sigla. A ideia é apostar nele, à frente do maior colégio eleitoral do Nordeste, como alternativa para a eleição. Em entrevista à rádio Metrópole, o senador e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse, no entanto, que via o ex-prefeito e ex-candidato a presidente Fernando Haddad como o “nome natural” para competir a presidência em 2022. Ao comentar as especulações ontem, o governador adotou um tom cauteloso. Perguntado sobre o tema, desconversou.
“É prematuro isso. Não quero nem cogitar a hipótese. O meu foco é trabalhar na Bahia”, afirmou, durante assinatura da ordem de serviço para pavimentação e drenagem de vias de 20 municípios baianos. “Não é o momento de discutir isso. Não é o momento nem de se cogitar nomes sequer para prefeitos. (...) Para presidente, ainda está muito longe. Então, acho que, neste momento, não precisamos de debates de nomes para presidente. O que precisamos é unir as regiões, como nós estamos buscando fazer com outros governadores, e fazer um debate do que o Brasil precisa para que a gente retome a confiança dos investidores e o emprego. A situação vai ficando dramática a cada dia que passa, com o desemprego crescendo”, acrescentou.
Os aliados de Rui também foram cuidadosos ao falar sobre o assunto. Presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação disse que a agenda da legenda hoje é “Lula livre e a reforma da Previdência, que quer trazer mais prejuízos aos mais pobres”. “Sobre a eleição, a gente ainda vai começar a discutir 2020. 2022 não está na pauta ainda do partido. Agora, Rui é um dos melhores governadores do país. E isso tem o credenciado. Esse reconhecimento não é só de petista, mas também de outros setores”, pontuou, em entrevista à Tribuna.
O deputado federal Afonso Florence (PT) disse que a cogitação do nome de Rui para Presidência é um reconhecimento da “bem sucedida gestões de Wagner e Rui. “E tem a questão do peso nacional que a Bahia tem. Mas o calendário ainda está longe”, emendou. Para ele, o governador baiano tem “densidade política e eleitoral”. “Haddad é um pré-candidato forte. Foi candidato em momento difícil, de violência, de fake news. E o PT é o maior partido do Brasil. Sem dúvida, o PT desponta como principal partido de oposição. E, claro, além de Haddad, temos o Rui”, salientou.
Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar afirmou que Rui Costa “preenche todos os pré-requisitos para governar bem o Brasil”. Para ele, a Bahia precisa ter um presidente da República, e Rui tem perfil parecido com de Lula. “É um bom governador, de um estado importante da federação, muito aplicado na gestão, na área política. Acho que tem vontade, é jovem, tem posições muito claras de governar como governa aqui numa posição de centro-social”, ressaltou.
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