Ex-governador e senador eleito Jaques Wagner (PT) (Foto: Reprodução)
O petista também pontuou que "só vai comentar as perspectivas pro ano após a posse"
O PT pensa em aproveitar o início do novo governo para reativar o Instituto Lula, criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois que deixou o poder - esvaziado desde que ele se tornou alvo da Lava Jato. O petista atualmente cumpre pena na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, acusado de corrupção. O ex-governador e senador eleito Jaques Wagner (PT) teria sido lembrado para presidir o instituto, que o PT pretende reativar com o objetivo de transformar a entidade num observatório para monitorar políticas do novo governo Jair Bolsonaro (PSL).
Procurado pela Tribuna para comentar o caso, Wagner negou a informação por meio de sua assessoria de imprensa. "Não passa de especulação", declarou. O petista também pontuou que "só vai comentar as perspectivas pro ano após a posse". Vale lembrar que, a partir do ano que vem, Wagner assume pela primeira vez o mandato de senador da República. O nome dele também é lembrado para liderar o partido no Senado.
Em maio, as conselheiras do Instituto Lula, Clara Ant e Márcia Lopes, quadros intelectuais do PT desde sua fundação, declararam que "asfixiar o Instituto Lula é parte do golpe" contra o PT. Na ocasião, Ant explicou a origem do projeto, que seria uma remodelação do Instituto da Cidadania - que existia anteriormente ao próprio governo Lula, que teve início em 2003. No site oficial do projeto, é informado que o principal eixo de atuação do Instituto Lula é a cooperação do Brasil com a África e a América Latina. Também trabalha na construção de um museu para contar a história do Brasil a partir da experiência dos movimentos sociais. O instituto alega que "não tem fins lucrativos e é independente de estados, partidos políticos ou organizações religiosas".
De acordo com seu estatuto, "o Instituto Lula tem compromisso com o desenvolvimento nacional e a redução de desigualdades, visando o progresso socioeconômico do país, assim como com o estudo e compartilhamento de políticas públicas e privadas destinadas à erradicação da extrema pobreza e da fome, ao acesso à educação à promoção da igualdade, à universalização da Saúde, ao desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, ao fomento à participação política e social dos cidadãos em todas as esferas da vida pública nacional".
A origem do Instituto foi a experiência do chamado Governo Paralelo, que se estruturou sob a liderança de Lula após a derrota de 1989, entre 1990 e 1992, para apresentar propostas alternativas de políticas públicas, enquanto acompanhava, criticamente, o governo Fernando Collor de Mello. Nessa primeira fase, ofereceu suporte estrutural e jurídico para o Governo Paralelo.
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