Haddad (PT) em coletiva (Foto: AFP)
Ele agradeceu aos eleitores que aderiram ao movimento Vira Voto e foram às ruas para dialogar com indecisos
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, reconheceu na noite deste domingo (28), a derrota para o concorrente Jair Bolsonaro (PSL) e se colocou como defensor de 45 milhões de votos nele.
Em discurso no Hotel Pestana, às 20h09, na zona sul de São Paulo, Haddad agradeceu aos partidos aliados, que, segundo ele, o ajudaram a ter os 44,82%, contra 55,18% de Bolsonaro. "Eu aprendi com meus antepassados o valor da coragem (...). Uma parte expressiva da população brasileira que diverge da maioria precisa ser respeitada hoje. Queria agradecer a todos os partidos que estiveram conosco. Muita gente que nos acompanhou também não é de partido político e nem de associação", ressaltou Haddad.
Ele agradeceu aos eleitores que aderiram ao movimento Vira Voto e foram às ruas para dialogar com indecisos na tentativa de reverter o quadro das pesquisas. "Houve uma reversão muito importante. Agradeço à sua militância, à sua guerrilha.", falou. Em seu discurso, o petista disse que o país vive um momento de retrocesso político desde 2015 e destacou que será oposição ao governo, junto às minorias.
"Estamos em um período longo em que as instituições são colocadas a prova a todo instante (...). Mas nós seguimos com determinação e com coragem para levar a nossa mensagem para todos os cantos do país. Temos a responsabilidade de fazer uma oposição que coloque os interesses do povo brasileiro acima de tudo. A democracia está acima de todos nós", falou.
Ele aconselhou aos seus eleitores que não aceitem provocações e ameaças. "Nós precisamos compreender o que está no jogo. Vamos continuar nossa caminhada nos reconectando as pesssoas. Não tenham medo. Nós estaremos aqui"
No auditório em que fez o discurso, Haddad foi recebido com gritos de apoio da militância. Muitas pessoas se abraçavam e choravam. Minutos antes, quando a TV Bandeirantes exibia a "live" de Bolsonaro, alguns apoiadores gritavam a frase "fascistas, racistas não passarão".
Em sua conta no Twitter, a candidata à vice-presidência da República Manuela d'Ávila disse que a população tem que "resistir e defender a democracia e liberdade". "Perdemos, é justo que fiquemos tristes e preocupados, com a gente, com os nossos, com o Brasil. Mas a tristeza tem que se transformar rapidamente em resistência", disse, completando: "Eles venceram, mas a luta vai continuar. Vamos permanecer juntos, resistir e defender a democracia e a liberdade".
Em sua conta no Twitter, a candidata à vice-presidência da República Manuela d'Ávila disse que a população tem que 'resistir e defender a democracia e liberdade' (Foto: AFP)
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