(Foto: Reprodução)
Até ontem parecia que Bolsonaro se recuperava bem. De repente teve que ser submetido a operação de emergência. Eis porque nunca se pode confiar cegamente em boletins médicos. Quem viveu a agonia de Tancredo Neves sabe do que estou falando. Nos boletins, ele melhorava a cada dia.
Depois da segunda cirurgia começam a pairar dúvidas na campanha Bolsonaro. O problema agora não é só que ele não vai sair do hospital antes do dia da eleição – isso é certo. Não se sabe quando irá sair. E isso muda a campanha presidencial mais uma vez.
Quando levou a facada aventou-se a possibilidade de ser eleito no primeiro turno, devido a uma suposta comoção popular. A comoção não veio. Depois da segunda cirurgia confirma-se que está fora de debates, sabatinas, eventos etc etc. Fora da campanha. É um candidato na UTI. Uma candidatura na UTI, porque ele não tem substituto.
A questão agora é saber se nas próximas pesquisas seu eleitor vai confirmar intenção de voto nele mesmo sem saber quando e se ele ficará bom ou se vai começar a migrar para uma chapa de alguma forma parecida com a dele – pelo menos na questão da vice – e impulsionar Alckmin-Ana Amélia. Pode ser o alento que faltava ao tucano para decolar.
A ausência dele da campanha pode ajudá-lo. Não vai se expor. Não vai dizer bobagens. Não será tão atacado. E também será bom para pacificar o ambiente político.
Mas vai expor o calcanhar de Aquiles da sua campanha. A insistência em esconder o vice pode chamar a atenção. Por que não assume em seu lugar? Por ser truculento demais? Por não ter jogo de cintura? Por não ser político? Se não tem condições de substituí-lo na campanha terá na presidência da República?
Os conflitos internos tendem a se acirrar. Muita gente achava até ontem que ele está no segundo turno. A realidade mostra que ele está na segunda cirurgia.
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