Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Gilmar Mendes
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Gilmar Mendes, afirmou que certamente haverá Caixa 2 nas próximas eleições caso a reforma política não seja aprovada com a máxima urgência.
"Vai ser certamente uma eleição muito judicializada e também policiada. Se não houver mudança no sistema, por conta da inexistência de recursos públicos e privados, certamente nós vamos ter caixa dois. Vamos ter dinheiro do crime, toda essa instabilidade. Vai ser uma eleição policiada e policialesca", disse Mendes, após reunião com parlamentares da Comissão da Reforma Política da Câmara.
Gilmar Mendes afirmou ainda que, caso a Câmara não se posicione quanto a reforma política, quem irá se posicionar será o Supremo mais uma vez. "Isso vai levar certamente ao Supremo daqui a pouco a reagir, como reagiu à doação corporativa.". O ministro ainda ameaçou o fim das coligações. "Se não vier uma reforma política, isso vai fazer com que provavelmente o Supremo proíba também as coligações", ressaltou.
O presidente do TSE traçou paralelo entre o atual contexto político e a crise econômica vivida pelo País no início da década de 1990. Para Mendes, o Brasil conseguiu dar um "salto de qualidade" e "mudou seu padrão civilizatório" com a instituição do Plano Real.
"Nós precisamos fazer nesse campo o que se fez no Plano Real. Um Plano Real no âmbito da política. Trazer o Brasil para um plano civilizatório no que concerne a política encerrando esse ciclo de vale-tudo que vivemos até aqui", disse.
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