O deputado federal Nelson Pelegrino (PT), curtiu a folia no camarote Expresso 2222 na noite de domingo, 26, e disse que a chapa formada pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) seria a ideal para a disputa presidencial do ano que vem.
"Eu diria que uma chapa Lula-Ciro seria ideal. Mas também temos que trabalhar no cenário em que os dois sejam candidatos, como foi no passado (em 2002), com Ciro apoiando Lula no segundo turno", avalia o deputado, ressaltando que a candidatura do ex-presidente petista é irreversível.
"Há um sentimento de saudade pelos anos dourados que o Brasil viveu com Lula presidente. Lula foi o maior presidente deste país", disse.
Para ele, mesmo com as investigações da operação Lava Jato, chamadas pelo deputado de "massacre" contra o ex-presidente, a candidatura de Lula vai se colocar como "alternativa para tirar o Brasil dessa crise profunda que o golpe lançou o país".
"Esse golpe não foi só no dia 17 de abril de 2016, mas foi desde que Dilma ganhou a eleição, quando se tomou a decisão de inviabilizar o governo dela, com as pautas-bomba, com oposição ferrenha, para desaguar no golpe. O golpe tem uma agenda neoliberal, que governou o Brasil por vários anos e só trouxe desemprego, falta de soberania, desmonte da indústria nacional e por aí vai", afirmou.
Rui x Neto
Quanto a uma provável disputa entre o governador Rui Costa (PT) e o prefeito ACM Neto (DEM) pelo governo do estado, Pelegrino diz que seu correligionário tem, por uma série de fatores, vantagem para buscar a reeleição.
O primeiro é que, mesmo com a alta popularidade de Neto na capital baiana - o prefeito foi reeleito com mais de 70% dos votos válidos -, Pelegrino acha que Rui ganha em Salvador.
"Eu acho que o povo de Salvador está querendo Rui Costa, é isso que vejo na rua. O volume de obra, de realizações do governo do estado na cidade, é muito superior ao da prefeitura".
O deputado petista acredita também que a "impopularidade" do presidente Michel Temer (PMDB) vai atingir Neto. Veja que no Ilê sobrou para ele (Neto). "Daqui por diante, vai ficar cada vez mais claro que ele participou dessa articulação (do impeachment da ex-presidente Dilma), e o partido dele está na linha de frente. Vai começar a gerar desgaste pra ele. Veja que vem reforma da previdência e trabalhista pela frente. É uma agenda muito negativa", diz.
Neste sentido, ele complementa que a eleição nacional vai interferir na estadual em 2018. Outro fator positivo para Rui, na visão de Pelegrino, é que o governador tem conseguido manter sua base de aliados, com a recente reforma administrativa feita.
"O governador procurou estar em sintonia com as reivindicações da frente que compõem o governo. A manutençaõ dessa aliança vai levar o governador à reeleição".
O deputado petista pondera, ainda, que a provável candidatura de Neto não pode ser subestimada. "Ela traduz um sentimento, de oposição. Não existe projeto unânime, há uma oposição no estado, e essa oposição busca um nome, e esse nome pode ser o prefeito da maior cidade da Bahia. Eu acho que a tendência é ele ser candidato".
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