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O senador Otto Alencar (PSD) negou que teve qualquer tipo de conversa com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para ser seu vice na disputa pela presidência da República em 2018. De acordo com o site Política Livre, o tucano revelou a deputados esta semana que um quadro do Nordeste seria o ideal para compor sua eventual chapa à presidência da República em 2018. Numa de suas conversas sobre o assunto, ele teria, inclusive, citado nominalmente Otto Alencar, alegando que o baiano possuiria perfil adequado para ser indicado à sua vice.
“Nunca estive com Geraldo Alckmin, em momento nenhum conversei com ele sobre esse assunto. Nunca tive contato com ele, conheço de vista. Eu nunca vi isso em lugar nenhum. Como falam uma coisa dessa natureza?”, questionou o pessedista em conversa com a Tribuna, acrescentando que não tem pretensões políticas para as próximas eleições, já que em 2018 terá mais quatro anos de mandato como senador.
Ainda de acordo com a publicação, as intenções de tucanos paulistas em compor chapa com nordestinos com vistas à sucessão presidencial têm o objetivo de quebrar o estereótipo de que o PSDB é um partido essencialmente ligado ao sudeste e alheio ao nordeste. Um deputado federal baiano chegou a dizer, entretanto, que o desafio seria fazer Otto aceitar.
Questionado sobre o assunto, porém, o presidente do PSD baiano limitou-se a reafirmar a sua oposição ao PSDB tanto na Bahia como no resto do país. “Sempre fui adversário de tucanos na Bahia e em Brasília, não tenho relação com nenhum, mas respeito. A ascensão de Imbassahy para a Secretaria de Governo foi positiva, a Bahia precisava de um vínculo com o governo Temer. Pernambuco tem quatro ministros, e a Bahia merecia mais. Eu não participo de governo que não construo com meu voto, nunca pedi cargo ao Kassab nem nunca indiquei ninguém. Fico à vontade para atuar com independência”, comentou.
Outra especulação é a possibilidade de Otto se lançar na disputa pelo governo do Estado, rompendo com Rui Costa e se aliando a ACM Neto (DEM). O democrata tem dado declarações insinuando que poderia apoiá-lo à sucessão estadual o que ottistas dizem ser impossível. Ainda à Tribuna, o pessedista reiterou seu apoio a Rui, que é “meu candidato em 2018”. “Apoio o governador Rui Costa, meu partido está na base. O meu candidato é Rui, quem conhece a minha história sabe que sou uma pessoa correta”, concluiu.
Encontro tucano reforça rumores
Na última semana, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Angelo Coronel (PSD) viajou a São Paulo, onde se encontrou com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o que intensificou os rumores de uma aproximação entre ambas as legendas. A reunião foi uma extensão da agenda da IV Reunião da Diretoria Executiva da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais). “Recebi os cumprimentos pela nossa eleição para a presidência da AL, ao mesmo tempo que conversamos rapidamente sobre a nossa principal pauta política, que é a ampliação da competência legislativa dos Estados”, declarou o parlamentar.
Entretanto, comentou-se que o assunto entre Coronel e Alckmin pode ter ido além e adentrado a seara das eleições presidenciais em 2018, com o senador Otto Alencar (PSD) na chapa do tucano. Uma das alegações para que Otto aceite discutir a ideia é o fato de que não correria qualquer risco político, uma vez que em 2018 estará completando apenas metade do mandato, podendo permanecer no Senado pelos próximos quatro anos, mesmo que o governador de São Paulo não consiga se eleger presidente da República.
