Na petição da Operação Eficiência, nova fase da Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira, 26, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que o empresário Eike Batista repassou US$ 16,5 milhões em propina para o ex-governador Sérgio Cabral numa conta no Uruguai em nome de laranjas.
"De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública", afirmam os nove procuradores corresponsáveis pela Operação.
Um dos principais alvos da operação Eficiência, Eike Batista teve a prisão preventiva decretada. Ele é suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com a ocultação de cerca de US$ 100 milhões no exterior.
Segundo o MPF, Eike Batista e o empresário Flávio Godinho, atual vice-presidente do Flamengo e preso na operação usaram a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá, para repassar propina solicitada por Cabral em 2010.
"Para dar aparência de legalidade à operação foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro", diz o MPF.
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