A Comissão de Orçamento do Congresso não conseguiu votar o projeto que autoriza o governo a fechar o ano com um déficit de R$ 170,5 bilhões em suas contas. Faltou um voto para atingir o quórum mínimo necessário. Líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE) esteve na sala, mas saiu sem participar da discussão. Ou seja, no primeiro teste do governo interino, o seu próprio partido não lhe auxiliou.
Agora o Planalto articula a votação do projeto diretamente no plenário do Congresso, o que não é usual.
Auxiliares de Temer atribuem o fracasso à crise na relação entre Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Renan não não suporta a ideia de ver a Comissão de Orçamento comandada pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), da tropa de Cunha.
Em reunião com os líderes partidários, no Planalto, Temer havia solicitado, o empenho de todos os partidos para aprovar ainda nesta terça-feira o projeto de revisão da meta fiscal. Eunício Oliveira não compareceu ao encontro do Planalto.
Líderes de legendas que se dispõem a ajudar Temer estranharam a movimentação do PMDB. Avaliam que, antes de exigir fidelidade dos aliados, o Planalto precisa convencer o PMDB a atuar em favor do presidente interino.
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