Durante reunião com líderes de partidos aliados no Senado, o presidente Michel Temer disse que irá enviar ao Congresso na próxima segunda-feira, 23, a nova meta fiscal para corrigir a previsão de déficit de R$ 96 bilhões para cerca de R$ 150 bilhões.
Temer fez um apelo geral pela agilização de votações importantes ao governo, com ênfase na meta. Temer pediu apoio aos líderes partidários do Senado para a aprovação da meta fiscal para que não tenha que cometer "pedaladas", fazendo referência a um dos crimes de responsabilidade que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
"Se não aprovar a mudança na meta, daqui a pouco quem vai cometer pedalada fiscal sou eu", disse Temer, de acordo com o relato de um dos presentes.
Michel Temer enfrenta um pedido de impeachment na Câmara juntamente por ter editado em 2015 decretos de suplementação orçamentária sem previsão no Orçamento, um dos motivos que levou ao afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
No café da manhã, Temer reclamou da "herança maldita" deixada pelo governo Dilma, citando boicotes. "O presidente quer inaugurar uma nova relação com o Congresso, discutindo os temas polêmicos. Também está fazendo um inventário da herança maldita para denunciar boicotes que foram feitos antes da saída da presidente Dilma", disse o senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB na Casa.
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