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O PMDB anunciou que vai trabalhar com dirigentes do PSDB "para encontrar uma saída" para o país.
A decisão foi tomada após um jantar patrocinado pelo senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE), em Brasília, na noite desta quarta-feira, que contou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o líder da sigla na Casa, Eunício Oliveira (CE), além do com o senador Romero Jucá (RR).
A cúpula do PSDB compareceu em peso, com o senador Aécio Neves (MG), dirigente nacional da legenda, e os colegas José Serra (SP), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e Aloysio Nunes (SP).
"Há uma constatação de que o momento é bastante grave. Tanto o PMDB como o PSDB não podem ficar omissos. Vamos trabalhar juntos para encontrar, o mais breve possível, uma saída para a crise que o Brasil vive", disse Tasso, após a reunião, à ‘Folha de S. Paulo’.
O peemedebista Eunício seguiu na mesma linha. "Essa aqui é uma conversa de gente adulta preocupada com o país", ele afirmou. "Não viemos aqui derrubar o governo Dilma. Viemos buscar uma saída para a crise."
Logo depois, o vice-presidente Michel Temer disse ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que o PMDB dará um passo no sentido de se distanciar do governo na convenção deste sábado, mas que não se sabe ainda o grau deste distanciamento.
“Com as novas denúncias e o agravamento da crise, esse grupo que quer o rompimento com o governo hoje é majoritário e ostensivo. O partido quer um afastamento, só não se sabe ainda em que nível isto se dará”, disse Temer a Wagner, segundo reportagem de Júnia Gama.
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