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A ação movida pela PSDB no Tribunal Superior Eleitoral, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer e a posse de Aécio Neves (PSDB-MG) na presidência da República, ganhará um reforço nos próximos dias: a delação premiada do executivo Otávio Azevedo, presidente licenciado da Andrade Gutierrez.
Para conquistar a liberdade, Azevedo afirmou ter sido "achacado" pela campanha da presidente Dilma Rousseff, tendo doado tanto no "caixa 1" como no "caixa 2" da campanha.
Ontem, em entrevista coletiva, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assegurou não ter havido qualquer doação não declarada na campanha de Dilma.
Preso na etapa Erga Omnes da Lava Jato, Azevedo só conseguiu a liberdade após o acordo de delação – todos os seus recursos junto aos tribunais superiores foram negados.
Embora ele tenha apontado apenas contra a campanha da presidente Dilma Rousseff, a Andrade Gutierrez doou mais recursos para o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Foram 322 doações ao tucano que somaram mais de R$ 20 milhões.
Em sua defesa junto ao TSE, o vice-presidente Michel Temer argumentou que as doações oficiais não podem ser criminalizadas no que diz respeito à chapa que venceu as eleições e aceitas com naturalidade quando feitas para a oposição.
A esperança do PSDB é de que essa ação no TSE, que será decidida sob a presidência do ministro Gilmar Mendes, afaste tanto Dilma como Temer, abrindo espaço para que Aécio (já citado por quatro delatores da Lava Jato) assuma o poder.
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