Aglomerados em frente ao bloco de número 13, no Caminho 1, em Cajazeira 11 - na primeira etapa -, vizinhos de Leonardo Azevedo Rosário Justo, 33 anos, o Léo, tentavam entender o que havia motivado a morte brutal do rapaz na tarde desta terça-feira, 21.
Léo foi executado com cinco tiros no tórax, no abdômen e no punho do braço direito, por volta das 15h30, após ter seu apartamento invadido por três homens. Ele tentou se esconder no banheiro do imóvel, sem chance.
Para acessar o imóvel onde Léo morava sozinho, os criminosos arrombaram o cadeado do portão e arrancaram a porta utilizado uma marreta e uma enxada. Todos os cômodos do imóvel estavam revirados. “De manhã ele estava aqui conversando, agora, está aí morto. Era um menino bom, educado, falava com todo mundo”, lamentou uma moradora, sem se identificar.
Outra vizinha do rapaz afirmou que, na hora do crime, poucas pessoas estavam na rua e, por conta disso, ninguém viu direito os suspeitos. Depois da ação, o trio fugiu em direção a um matagal que faz divisa entre Cajazeira 10 e 11. “Minha filha, eu não vi. Mas ouvi muitos tiros, foram muitos tiros mesmo”, contou a senhora.
Segundo o perito criminal Ríbio Januário, do Departamento de Polícia Técnica (DPT), apesar de Léo só ter sido atingido por cinco disparos, as paredes do banheiro e o espelho tinham várias perfurações de balas.
Querido na comunidade
Sob anonimato, uma mulher afirmou que, embora Léo fosse usuário de drogas, ele era bastante querido na comunidade e não incomodava os moradores. “Era um rapaz calmo, tranquilo e muito inteligente. Infelizmente aconteceu isso com ele. É uma vida que se vai, um ser humano”, disse.
Ainda segundo ela, Léo, que era filho único, não tinha trabalho fixo e sobrevivia com dinheiro que recebia fazendo ‘bicos’. Ele morava no imóvel há mais de 15 anos.
Durante o trabalho da perícia, nenhum familiar do rapaz apareceu no local. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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