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'Contribuíram para a situação atual, a realização de eventos que geraram deslocamentos em massa nas últimas semanas, a exemplo do carnaval e da manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, no último dia 25 de janeiro, que reuniu 185 mil pessoas de diferentes cidades do Brasil. Foto: Reprodução 'Contribuíram para a situação atual, a realização de eventos que geraram deslocamentos em massa nas últimas semanas, a exemplo do carnaval e da manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, no último dia 25 de janeiro, que reuniu 185 mil pessoas de diferentes cidades do Brasil. Foto: Reprodução

O estado de São Paulo está enfrentando uma nova onda de Covid, com o aumento de 85% dos casos da semana passada para esta, segundo dados da plataforma Info Tracker, que monitora a evolução da doença no país. O número de pessoas infectadas pelo coronavírus saltou de 7 mil para 13 mil num intervalo de apenas 15 dias. As mortes pela doença também registraram aumento crítico de 54%, passando de 57 vítimas para 88 no mesmo período.

Os dados consolidam o curso de uma nova onda de Covid no estado de São Paulo. Essa disseminação descontrolada da Covid preocupa porque se sobrepõe à explosão de casos de dengue, levando a uma pressão conjunta no sistema de saúde e postos de atendimento —afirma Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker e pesquisador da Unesp e da USP.

Casaca destaca como impulsionadores dessa nova onda a rápida disseminação de novas subvariantes Ômicron, como a JN.1, e a realização de eventos que geraram deslocamentos em massa nas últimas semanas, a exemplo do carnaval e da manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, no último dia 25 de janeiro, que reuniu 185 mil pessoas de diferentes cidades do Brasil.

Os dados da última semana epidemiológica são os maiores de todo ano. Para se ter ideia, comparando a primeira semana do ano corrente com a atual, que ainda não chegou ao fim, observa-se um aumento de casos de Covid na ordem de 377%. Além disso, a quantidade de mortes também atingiu o seu patamar mais elevado nesta semana.

Diante da situação crítica, as máscaras voltaram a ser vistas nos rostos de parte dos paulistas, especialmente ao frequentar ambientes de grande circulação, como ônibus e estações de trem e metrô.

Durante essa fase mais aguda da doença, é importante a retomada de medidas já conhecidas, como o uso de máscaras em locais não arejados com alto trânsito de pessoas e a vacinação para aqueles que se encontram em grupos de risco —afirma o especialista.

A nova onda, segundo o pesquisador, ocorre em outras partes do país e atingiu também o hemisfério norte, a exemplo da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, onde hoje já se vê um declínio da doença.

Em nota, a secretaria estadual da Saúde disse que mantém o monitoramento constante do cenário epidemiológico, inclusive de variantes, em todo o território estadual e reforça a importância da vacinação contra a Covid, em especial as doses de reforço e a bivalente.

"Além da imunização contra a Covid-19, a SES ressalta que as medidas já conhecidas pela população seguem sendo fundamentais para combater o coronavírus, como higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel) e etiqueta respiratória (ao tossir e espirrar, cobrir nariz e boca)", diz a pasta.

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