A Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (6) revela que a aprovação do governo Lula oscilou negativamente, saindo de 54% em dezembro de 2023 para 51% em fevereiro de 2024. A desaprovação da gestão federal subiu três pontos, de 43% para 46%. Segundo Felipe Nunes, essa "é a menor diferença entre aprovação/desaprovação da série histórica".
O levantamento da Quaest revela que o "governo Lula tem aprovação significativa e estável apenas na região Nordeste (68%). No Sudeste e no Sul, a desaprovação vem crescendo continuamente desde ago/23. No Sudeste, saiu de 39% para 52% nesse período; e no Sul, saltou de 38% para 57%".
Quando segmentado por renda, o governo Lula é aprovado apenas "no eleitorado com renda familiar de até 2 salários mínimos (61%). Esse resultado reflete o padrão de votação de 2022, quando Lula venceu no Nordeste e no eleitorado de baixa renda".
Outro dado preocupante é que a aprovação do governo Lula também caiu entre os eleitores jovens: "entre ago/23 e fev/24, a diferença entre aprovação e reprovação saiu de 23 pontos positivos (59 a 36) para 4 pontos negativos (46 a 50)".
Entre as mulheres, que tiveram papel fundamental na vitória de Lula no pleito de 2022, a aprovação da gestão federal também recuou: "Caiu de 60% para 51%, entre ago/23 e fev/24. Movimento idêntico ao observado no eleitorado masculino, que já era mais refratário a Lula em 2022".
No segmento evangélico, a situação do governo é ainda pior: "o trabalho do presidente Lula chegou a 62% de desaprovação, e apenas 35% de aprovação. São 27 pontos de diferença".
A avaliação geral do governo federal também piorou.
A pesquisa também avaliou como a fala de Lula sobre os ataques de Israel contra a Palestina foi recebida: 60% dos brasileiros consideraram que o presidente exagerou ao comparar o atual conflito com o Holocausto.
Percepção econômica
Além disso, a pesquisa também revela que a percepção da população sobre a economia também piorou: "Entre os entrevistados, 38% afirmam que a economia do Brasil piorou nos últimos 12 meses, 34% acham que ficou do mesmo jeito, enquanto apenas 26% acham que melhorou".
A percepção negativa sobre a economia também cresceu entre os eleitores lulistas: "É a primeira vez que cai a avaliação positiva da economia entre eleitores do Lula. Saiu de 55% para 46% os lulistas que achavam que a economia melhorou, enquanto passou de 11% para 15% os lulistas que achavam que a economia piorou".
A pesquisa ouviu presencialmente 2.000 pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro em 120 cidades de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade é de 95%.
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