Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (Foto: Reprodução)
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) abriu uma investigação para apurar as visitas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. A medida foi anunciada após a circulação de imagens e relatos de visitas de aliados políticos e religiosos durante o período em que o ex-presidente estava hospitalizado.
Bolsonaro foi internado em 13 de abril para tratar uma obstrução intestinal e permanece na UTI desde a saída do centro cirúrgico até o presente momento. Durante esse tempo, o local recebeu a presença de diversas pessoas, incluindo aliados políticos, membros da família e uma oficial de Justiça, que foi enviada para entregar uma intimação, após Bolsonaro fazer uma live, de dentro da UTI, comentando sobre política, futebol e algumas aleatoriedades.
De acordo com o CRM-DF, o acesso à UTI é restrito, limitado e deve seguir critérios técnicos e protocolos estabelecidos pela própria instituição de saúde, em conformidade com normas da Anvisa, do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina (CFM). A presença de visitantes em ambientes críticos como esse pode representar risco à saúde dos pacientes, além de violar normas sanitárias e éticas.
“O aumento do número de pessoas circulando nesses ambientes pode comprometer a evolução clínica dos internados e aumentar o risco de infecções hospitalares”, destacou o conselho, em nota.
O Conselho Federal de Medicina também se posicionou, reforçando que os conselhos regionais têm autonomia para apurar casos de possível descumprimento das normas técnicas que regulam o funcionamento das UTIs. A entidade afirmou que o respeito às regras não deve ser relativizado, independentemente da condição social ou política do paciente.
A investigação do CRM-DF ocorrerá sob sigilo e seguirá os trâmites do devido processo legal. Até o momento, o Hospital DF Star não se manifestou oficialmente sobre o caso.
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