Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica mostram preocupação com restrição de direitos e segurança
Pela primeira vez desde que os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas se manifestarem contra o resultado eleitoral, as Forças Armadas se posicionaram sobre os atos.
Em nota, os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica condenaram os atos e declararam “compromisso irrestrito e inabalável” com “a democracia e com a harmonia política e social”. Os bloqueios nas rodovias levou ao risco de afetar o transporte de oxigênio para hospitais e alguns atos, como na Mouraria e na Paralela, em Salvador, pediam intervenção militar.
A condenação das Forças Armadas também foi direcionada aos agentes públicos que, segundo a nota, restringiram direitos. No dia do segundo turno, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descumpriu decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizou inúmeras operações, principalmente no Nordeste. A quantidade de operações no dia 30 de outubro foi 70% maior do que no primeiro turno, em 2 de outubro.
“São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade”, aponta a nota. Em algumas das manifestações pelo país foram vistos gestos apontados como alusivos ao nazismo.
Com 60.345.999 eleitores no dia 30 de outubro, o equivalente a 50,9% dos votos válidos no segundo turno, Lula venceu Bolsonaro na disputa pela Presidência da República. O candidato do PL teve 58.206.354 eleitores, o equivalente a 49,1% dos votos válidos.
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