A defesa de Mario Renato Castanheira Fanton, delegado da Polícia Federal denunciado sob acusação de vazar informações sigilosas, apresentou à Justiça um documento com mensagens que indicam claramente tentativa de destruição de provas da Lava Jato por colegas que atuaram na operação. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo.
São anexadas capturas de tela de WhatsApp que a defesa diz ser de um conflito a respeito do assunto que ocorreu em 2015 entre Fanton e outro delegado, Maurício Moscardi Grillo.
Nas mensagens atribuídas a Moscardi, ele pede a Fanton que um depoimento da doleira Nelma Kodama não seja anexado em um inquérito que investigava policiais desafetos da operação. Moscardi também teria solicitado que esse depoimento fosse refeito com “pitacos” dele. As mensagens, diz a defesa, foram submetidas à perícia.
A reportagem ainda informa que o documento apresentado pelos advogados é uma manifestação preliminar, protocolada na 14ª Vara Federal de Curitiba em setembro deste ano, em resposta à acusação de desvio de função por vazamento de dados. A denúncia ainda não foi analisada pela Justiça e é sigilosa.
Os advogados de Fanton afirmam que seu cliente não cometeu nenhum desvio funcional e que tentou alertar o procurador Januário Paludo, da força-tarefa do Ministério Público Federal, sobre suspeitas de irregularidades que teriam sido cometidas pelos delegados da Lava Jato. Também é anexada uma captura de tela de conversa com Paludo em que é feito esse alerta.
Representante da defesa de Fanton, o advogado José Augusto Marcondes de Moura Jr. afirma que irá oficiar à OAB para que acompanhe os casos relativos ao seu cliente, informa a reportagem de José Marques.
Em 2015, quando as conversas teriam ocorrido, Fanton conduzia um inquérito que tinha como objetivo apurar se havia um conluio entre delegados da Polícia Federal do Paraná e advogados para produzir um dossiê contrário à Lava Jato.
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