Henrique Valladares, durante depoimento - Foto: Gazeta do Povo
Ex-vice presidente da Odebrecht, o executivo Henrique Valladares foi encontrado morto em casa, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (17). A informação foi primeiramente divulgada por Lauro Jardim. Em delação premiada, há cerca de dois anos, ele acusou o atual deputado federal e ex-senador Aécio Neves e seu partido, o PSDB, de terem recebido valores do Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht. Apenas Aécio teria recebido R$ 50 milhões. Além de ser o delator de Aécio, Valladares também acusa o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acusado de receber R$ 5,5 milhões em propinas.
"O procurador-geral da República (PGR) interino, Alcides Martins, anunciou nesta quarta-feira (18) o retorno à força-tarefa dos seis procuradores que pediram demissão da Lava Jato no fim da gestão de Raquel Dodge, que deixou o cargo na última terça-feira (17) com o fim do mandato. “Convidei os colegas a retomarem os seus postos, o que ocorrerá imediatamente”, disse o interino. O procurador da República e coordenador da força-tarefa Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, já havia sinalizado que Augusto Aras, indicado por Bolsonaro para substituir Dodge, também fez o convite para que os procuradores voltem às atividades na Lava Jato. Aras só pode assumir o cargo depois de passar por sabatina no Senado e ter o nome aprovado no plenário.
"A possibilidade de gravação de conversas entre advogados e clientes em presídios federais de segurança máxima também foi retirada do pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O texto está sendo analisado, nesta quarta-feira (18), por deputados que compõem um grupo de trabalho na Câmara. A previsão estava no relatório do deputado Capitão Augusto (PL-SP), que autorizava a gravação mediante decisão judicial fundamentada. A maioria do grupo decidiu, no entanto, vetar essa possibilidade mesmo com autorização da Justiça.
"Os deputados também derrubaram, nesta quarta-feira (18), o item que previa que os atendimentos de advogados a esses presos deveriam ser previamente agendados. O grupo retirou, ainda, do texto de Moro, a previsão de que o diretor do estabelecimento penal federal decida sobre a manutenção de presos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) – regime mais duro de prisão, onde eles ficam isolados dos demais. Mais cedo, o grupo da Câmara já havia decidido retirar do texto o ponto que previa a instalação de escutas em locais abertos ao público sem autorização judicial.
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