Nelma Kodama exibe seu tornozelo sem o equipamento de monitoramento eletrônico (Foto: Nelma Kodama | Arquivo Pessoal)
Magistrado mandou intimar Nelma Kodama e classificou comportamento como 'antiético' e 'ofensivo'
O juiz Danilo Pereira Junior, da 12ª Vara da Justiça Federal, mandou intimar, nesta quinta-feira, a doleira Nelma Kodama, que transmitiu ao vivo em suas redes sociais a retirada de sua tornozeleira eletrônica . O magistrado classificou a atitude de Nelma como um "desserviço à sociedade brasileira".
A doleira tirou o equipamento após ser beneficiada por indulto natalino editado pelo ex-presidente Michel Temer, em dezembro de 2017.
O magistrado foi enfático nas críticas em seu despacho.
"A atitude, longe de perpassar pela liberdade de expressão, a todos assegurada constitucionalmente, configura inegável comportamento antiético e ofensivo à dignidade de justiça. Embora extinta a sua pena privativa liberdade, a executada permanece vinculada aos termos do seu acordo de colaboração premiada, sendo imprescindível que mantenha conduta compatível com seu status de colaboradora", escreveu o juiz.
Conhecida por ter sido presa com 200 mil euros na calcinha em 2014, Nelma já havia sido condenada pelo então juiz Sergio Moro, por corrupção, organização criminosa e evasão de divisas. Posteriormente, fechou acordo de delação premiada com a Lava-Jato.
Nelma cumpriu mais de três anos de prisão - entre os regimes fechado e aberto diferenciado.
Atualmente, a doleira está voltada para o lançamento de um livro que deve contar sua história na Lava-Jato.
Segundo Nelma, a obra será lançado pela editora Matrix. Ela é apontada como amante do doleiro Alberto Youssef.
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