Pelo menos um dos tiros que atingiu a menina Maria Eduarda, estudante de 13 anos morta dentro de uma escola no Rio de Janeiro, partiu de um dos policiais militares presos na sexta-feira (31). A conclusão dos peritos foi revelada pela Globo News.
Os peritos já tinham concluído que a capsula era de um fuzil 7.62, usado tanto pela Polícia Militar como traficantes. Um projétil retirado do corpo da menina foi comparado com os das armas apreendidas com os PMs e bandidos que trocaram tiros na quinta-feira (30), ao lado da escola onde a garota estava em uma aula de educação física. A conclusão é de que o tiro veio de uma arma de um dos PMs.
O corpo da garota tinha cinco lesões - duas no pescoço, perto da orelha direita, duas nas nádegas, que podem ter vindo de um mesmo disparo, e uma na coxa esquerda.
O cabo Fábio Barros Dias e o sargento David Gomes Centeno foram presos em flagrante após serem filmados atirando em dois suspeitos feridos, já caídos nos chão. Eles afirmaram no depoimento que se sentiram ameaçados e por isso atiraram.
O sargento disse que a operação de combate ao tráfico no Complexo de Favelas da Pedreira começou por volta das 16h30 de quinta-feira. O PM contou que ele e o cabo Fábio desceram do veículo blindado conhecido como Caveirão na região da Barreirinha. Logo depois, eles encontraram vários homens armados que começaram a atirar contra os dois. Os dois se protegeram atrás de um muro e revidaram. Eles seguiram em frente e encontraram os dois homens caídos fora da escola.
O primeiro homem encontrado no chão foi identificado como Júlio Cesar Ferreira de Jesus, de 38 anos. O sargento afirmou que Júlio estava ao lado de um fuzil AK 47 com um cartucho carregado. Disse ainda que o cabo Fábio foi retirar o fuzil do lado do suspeito e que este teria demonstrando intenção de confronto, pois também tinha uma pistola. O cabo então atirou.
O segundo suspeito, Alexandre dos Santos Albuquerque, aparentava estar desacordado quando o policial se aproxima, segundo as imagens. Ainda no local, os PMs ficaram sabendo por moradores que uma aluna havia sido baleado na escola. Maria Eduarda morreu ainda no pátio estudantil.
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