Goleiro Bruno deixou a cadeia pela porta da frente, mas não falou com a imprensa (Foto: Reprodução/TV Globo)
Condenado por matar a ex-namorada Eliza Samudio, em 2010, o goleiro Bruno deixou a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia (MG), na noite desta sexta-feira (24). A libertação foi determinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão provisória.
Acompanhado da mulher Ingrid, Bruno deixou a Associação pela entrada principal e chegou a ser abordado por jornalistas, no entanto, ele não respondeu às perguntas. O advogado dele, Lúcio Adolfo, afirmou que o goleiro está bastante feliz em aguardar o julgamento em liberdade.Ao conceder liberdade ao goleiro, Marco Aurélio Mello afirmou que "os fundamentos da preventiva não resistem a exame". "O Juízo, ao negar o direito de recorrer em liberdade, considerou a gravidade concreta da imputação. Reiterados são os pronunciamentos do Supremo sobre a impossibilidade de potencializar-se a infração versada no processo. O clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a preventiva", observou.
"Colocou-se em segundo plano o fato de o paciente ser primário e possuir bons antecedentes. Tem-se a insubsistência das premissas lançadas. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória."