Avião ucraniano que caiu no início desta semana, matando todos os 176 a bordo (Foto: Reprodução)
Mais tarde, um comandante iraniano assumiu responsabilidade
O Irã reconheceu neste sábado que suas forças armadas "involuntariamente" derrubaram o avião ucraniano que caiu no início desta semana, matando todos os 176 a bordo, depois do governo do país ter negado repetidamente as acusações de que era responsável pela tragédia.
O avião foi abatido na última quarta-feira (08), horas após o Irã lançar um ataque contra duas bases militares que abrigavam tropas dos EUA no Iraque, em retaliação pelo assassinato do general Qassem Soleimani em um ataque aéreo americano em Bagdá. Ninguém foi ferido no ataque às bases.
Uma declaração militar realizada por meio da mídia estatal disse que o avião foi confundido com um "alvo hostil" depois que tomou a direção de um "centro militar sensível" da Guarda Revolucionária. Os militares estavam em seu "nível mais alto de prontidão", segundo o comunicado.
"Em tal condição, por causa de um erro humano e de maneira não intencional, o voo foi atingido", disseram os militares. O governo se desculpou e prometeu atualizar seus sistemas para evitar futuras tragédias. Os responsáveis pelo ataque ao avião serão processados, acrescentou o comunicado.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, expressou suas "profundas condolências" pelas famílias das vítimas e instou as forças armadas a "apurar prováveis deficiências e culpados no doloroso incidente".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, emitiu um comunicado dizendo que a investigação do acidente deve continuar e que os "autores" devem ser levados à justiça. Ele disse que o Irã deveria compensar as famílias das vítimas e requisitou ao país asiático "desculpas oficiais pelos canais diplomáticos".
Comandante assume
Neste sábado, um comandante da Guarda Revolucionária Iraniana diz que sua unidade assume "total responsabilidade" pelo abate acidental de um avião de passageiros ucraniano.
Em um discurso transmitido pela TV estatal neste sábado (11), o general Amir Ali Hajizadeh diz que, quando soube da queda do avião, que matou todos os 176 passageiros a bordo, "eu preferi estar morto".
As forças armadas do Irã dizem que confundiram o avião de passageiros com um alvo hostil após o ataque com mísseis balísticos contra duas bases militares no Iraque que abrigam tropas dos EUA. O ato foi uma retaliação pelo assassinato do principal general do Irã, Qassem Soleimani, em um ataque aéreo americano em Bagdá.
SERVIÇO:
Esgoto entupido? Chame a Metropolitana Desentupidora
Veja também:
Irã nega que avião ucraniano que caiu em Teerã tenha sido atingido por míssil
Vídeo - Avião ucraniano foi derrubado por mísseis iranianos, diz revista estadunidense
Mulher teve premonição que avião ucraniano iria cair, diz marido
Relatório aponta que Boeing ucraniano pegou fogo antes de cair no Irã
Irã não entregará caixas-pretas de avião ucraniano à Boeing e aos americanos
Avião ucraniano cai após decolagem no Irã e deixa 176 mortos
Tensão - Irã lança 12 mísseis contra duas bases militares dos EUA no Iraque
Irã pede explicações ao Brasil sobre nota de apoio aos Estados Unidos
Parlamento iraquiano aprova expulsão de tropas americanas
Guerra entre EUA e Irã - Brasil sediará encontro entre aliados
Irã oferece US$ 80 milhões pela cabeça de Trump
Vai haver Terceira Guerra? O que se sabe sobre a crise EUA e Irã? Entenda
'Não tenho poderio bélico do americano' para opinar sobre ataque, diz Bolsonaro
Novo ataque dos Estados Unidos deixa seis mortos no Iraque, diz agência
Estados Unidos enviam 3 mil soldados ao Oriente Médio
Quem é Qasem Soleimani, o general iraniano morto em ataque aéreo dos EUA em Bagdá
Após ataque dos EUA no Iraque, 3ª Guerra Mundial vira assunto mais comentado
Bombardeio ordenado por Trump mata principal general iraniano; Irã promete 'retaliação
Ataque de Trump ao Irã vai impactar no preço do combustível, afirma Bolsonaro
China, Rússia e França fazem alerta após ataque dos EUA matar militar do Irã
Clique aqui e siga-nos no Facebook
< Anterior | Próximo > |
---|