Na noite de quarta (4), um policial da Cidade do México morreu ao ser atropelado enquanto tentava impedir o roubo a um posto de gasolina. Os aumentos, de 20,1% para a gasolina e de 16,5% no diesel, os maiores em anos, entraram em vigor no dia 1º de janeiro e motivaram uma onda de protestos, bloqueios de estradas e de postos de gasolina, assim como saques e roubos. “Não será permitida a impunidade”, disse René Juárez, subsecretário de Governo, que informou a prisão de 1.500 pessoas.
A Polícia Federal foi mobilizada em várias regiões, inclusive com uso de aeronaves e foram instauradas “medidas de dissuasão, para evitar que haja novos problemas”, prosseguiu Juárez. Segundo ele, 95% dos postos de combustível operam normalmente e a circulação foi retomada na maioria das vias bloqueadas. De acordo com a confederação comercial do país, até quinta (5) mais de mil lojas e pontos de venda de produtos foram saqueados.
O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, reiterou que a alta do preço dos combustíveis foi “uma mudança difícil” mas justificou que ela é necessária para manter a estabilidade econômica e financiar programas sociais. A polícia realiza investigações nas redes sociais para identificar pessoas que estimularam ou participaram dos protestos e dos saques.