Que inusitado foi o jogo deste domingo, 25, na Fonte Nova, pela volta das semifinais do estadual. O Bahia atuou bem, na medida do possível, criou boas chances e venceu por 3 a 0. Até aí tudo normal, a não ser pelo fato de que, até os 36 minutos do segundo tempo, nenhum jogador do Esquadrão havia balançado a rede.
O time abriu vantagem com dois gols contra bizarros da Juazeirense e, quando parecia que a história da partida se resumiria a isso, Júnior Brumado marcou um golaço para completar a tarde diferente na Arena. O Tricolor avançou à decisão e, nos dois próximos finais de semana, terá de superar o Vitória no placar agregado para evitar o tri do rival. Antes, na quinta, joga para confirmar vaga na segunda fase do Nordestão, contra o Botafogo-PB, em João Pessoa.
Bom volume
No primeiro tempo, o Bahia teve uma de suas melhores atuações no ano em termos de volume de jogo e construção de lances dinâmicos, com a bola no chão. As chances de gol fizeram fila, mas poderiam ter aparecido em número maior se a fase técnica de alguns atletas, como Edigar Junio, estivesse melhor.
Desta vez, ele foi escalado como centroavante, posição na qual fez sucesso em 2017. Mostrou alguma evolução, mas ainda precisa reduzir os erros. Aos 14 minutos, por exemplo, ele recebeu ótimo passe de Vinicius e fica cara a cara com Tigre, mas falhou ao tentar driblar o goleiro.
Antes, aos quatro minutos, Lucas Fonseca havia marcado de cabeça após cruzamento em cobrança de falta de Vinicius. O gol, no entanto, foi corretamente anulado devido à marcação de impedimento.
Aos 15, começou a se fazer notar o menino Marco Antônio. O atacante da base, de 20 anos, que estreou como profissional em 2016 e ainda não havia conseguido se destacar, pegou a sobra de uma defesa de Tigre e, da entrada da área, acertou a trave em um belo chute colocado.
Uma pena. Mas o ‘quase gol’ não fez falta, pois aos 16 minutos, em um lance muito menos bonito, Nino cruzou rasteiro e Júnior Gaúcho errou feio ao tentar cortar. Foi o segundo gol contra dele diante do Bahia nesta temporada.
Cinco minutos depois, Marco Antônio, em sua segunda oportunidade como titular, deixou Léo em boa condição para finalizar, mas o lateral errou o alvo e não conseguiu ampliar o marcador. Algo que poderia ter acontecido também aos 31 e aos 33 minutos. Na primeira jogada, Edigar protegeu bem a bola e tocou para Vinicius, que parou em Tigre. Na seguinte, Léo arriscou bom chute de fora da área para mais uma defesa do arqueiro da Juazeirense.
Já o Cancão chegou perto de assustar o Tricolor só duas vezes. Aos 26 minutos, o artilheiro Salatiel recebeu na área, brigou com Lucas Fonseca, mas acabou travado. E, aos 47, Rayllan mandou cobrança de falta venenosa da intermediária. Passou perto.
No segundo tempo, o Bahia consumaria a goleada. Aos 12 minutos, Nino cruzou e Vinicius cabeceou para fora. Logo na sequência, Capone recuou para o goleiro Tigre, que furou de forma bisonha. Ele ainda tentou evitar a entrada da bola, mas não conseguiu. Absolutamente inacreditável!
A partir desse lance, com a classificação já praticamente sacramentada, passou a ser o objetivo do Esquadrão conseguir fazer um gol pelas suas próprias pernas. Aos 14 minutos, Marcos Antônio teve a chance ao receber de Vinicius, mas perdeu de maneira incrível ao mandar ao lado da meta. Aos 22, Vinicius voltou a trabalhar bem de garçom, porém, Zé Rafael estragou ao tentar bater de primeira.
No fim, valeu a insistência, pois a tarefa seria cumprida com louvor. Aos 36 minutos, fugindo às suas características, o grandalhão Júnior Brumado – que havia acabado de substituir Edigar Junio – fez fila e, mesmo com pouco ângulo, venceu Tigre com uma cavadinha. Golaço que fez justiça à competente atuação do time.
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