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O Fluminense não conseguiu se impor no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, e ficou apenas no empate por 1 a 1 com o Bahia, neste domingo, pela 31.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado atrapalhou os planos do técnico Abel Braga, que segue ameaçado pela zona de rebaixamento. Com a bola rolando, Edigar Junio marcou com apenas dois minutos, mas Gustavo Scarpa deixou tudo igual ainda no primeiro tempo. Ele aproveitou para protestar contra a torcida, que vaiava o time.

Com 39 pontos, o Fluminense ainda mantém o discurso de alcançar o que é necessário para se safar da degola, mas tem pela frente uma sequência complicada na competição: Botafogo, Coritiba, Cruzeiro e Corinthians. O Bahia também tem a mesma pontuação, mas uma vitória a mais que os cariocas: 10 a 9.

O Bahia precisou de apenas dois minutos para abrir o placar. Em uma linda jogada de Zé Rafael, o meia dominou de costas para a marcação, cortou para o meio, deixou três jogadores para trás, entrou em velocidade e sairia cara a cara com Diego Cavalieri, mas acabou derrubado por Richard. Acompanhando a jogada, Edigar Junio pegou a sobra e, de primeira, tocou por cima do goleiro com a perna direita, colocando a pressão do lado do Fluminense.

Vindo de derrotas para Chapecoense e Flamengo, a torcida do Fluminense não demorou para começar a vaiar, mesmo com a notória superioridade do time em campo, que até então não se convertia no placar. Os cariocas ficavam com a bola, trocavam passes na metade ofensiva do gramado, mas não conseguiam transformar tudo isso em bola no fundo das redes. Do outro lado, o Bahia respondia em raros contra-ataques, também sem perigo.

Com espaço para trabalhar, o time carioca conseguiu empatar o jogo somente aos 32 minutos. Marlon recebeu pela esquerda, chegou no bico da grande área e tentou cruzar para a área, mas pegou mal. Rasteira, ela atravessou toda a defesa do Bahia e caiu nos pés de Gustavo Scarpa, que dominou, cortou a marcação e bateu cruzado contra o goleiro Jean. O meia não comemorou o gol em protesto pelas vaias da torcida e saiu de campo bravo.

Na descida para o vestiário, Scarpa desabafou: "Torcedor tem o direito de vaiar. Mas infelizmente durante a partida isso não ajuda. Pelo contrário. A nossa situação é complicada, nosso grupo é jovem. Foram 10 minutos diferentes do que a gente está acostumado". Abel Braga aproveitou o intervalo para tirar Marcos Júnior e apostar em Wellington Silva.

A primeira oportunidade do segundo tempo aconteceu aos 10 minutos de bola rolando. Tiago derrubou Henrique Dourado na intermediária e o árbitro assinalou a falta. Na cobrança, Sornoza calibrou o pé e mandou por cima da barreira, mas Jean voou para espalmar. Em resposta, Matheus Sales recebeu pela direita e bateu cruzado. Hernanes se esticou todo, mas perdeu o tempo de bola e a oportunidade de marcar para o Bahia.

Em uma jogada individual praticamente na bandeirinha de escanteio, Matheus Sales perdeu a bola para Marlon e tentou correr atrás do prejuízo para retomar a posse. Ainda assim, o volante do Bahia errou o tempo da bola e deu um carrinho por trás no adversário. O árbitro goiano Wilton Pereira Sampaio acompanhava de perto e aplicou o cartão vermelho aos 40 minutos, aumentando a pressão do Fluminense nos minutos finais, sem sucesso.

Agora a semana é decisiva para o futuro do Fluminense. Nesta quarta-feira, às 21h45, o time enfrenta o Flamengo no segundo jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana, novamente no estádio do Maracanã. No sábado, às 19 horas, joga contra o Botafogo no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, pela 32.ª rodada. Já o Bahia tem tempo para trabalhar e só volta a campo no próximo domingo, às 18 horas (de Brasília), contra a Ponte Preta na Arena Fonte Nova, em Salvador.

 

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