Se para os tricolores foi difícil esperar dois anos até o retorno à elite do futebol nacional, imagine para o volante Juninho, que finalmente fará sua estreia na Série A, neste domingo (14), às 16h, diante do Atlético Paranaense, na Fonte Nova.
Aos 31 anos e após disputar as outras três divisões por equipes como Duque de Caxias, Tombense, América-MG e pelo próprio Bahia na Série B do ano passado, estar na maior competição do país é a realização de um sonho para o atleta. “É um sonho de criança estar entre os melhores do país, jogando a elite do futebol, então você fica um pouco ansioso. Esse friozinho na barriga tem que ter. Quando não tiver mais está na hora de parar. Me vejo motivado e esperançoso para fazer uma grande Série A”, aposta o jogador.
A espera já dura dez anos, desde que se profissionalizou no Duque de Caxias, em 2007. No entanto, Juninho prefere não lamentar o “tempo perdido”, mas focar em fazer um bom campeonato. “Preparado para jogar a Série A acho que já estou há muito tempo, mas Deus reservou isso para mim só agora. Então, é continuar me dedicando ao máximo para poder aproveitar da melhor maneira possível”, afirma o volante.
Além dele, o goleiro Jean é o outro estreante em Série A entre os 11 titulares que Guto Ferreira mandará a campo. Vive o outro oposto: tem só 21 anos e está em fase de maturação.
A oportunidade de ser titular na estreia tricolor não veio da maneira que Juninho queria. Ele havia perdido a posição para Renê Júnior, que se machucou no primeiro Ba-Vi da final do Campeonato Baiano, ainda se recupera de lesão e sequer foi relacionado. “Tenho a consciência supertranquila do que venho fazendo no Bahia. O professor optou por outro companheiro para jogar. Cabe a mim trabalhar e me esforçar ao máximo para voltar”.
O volante foi um dos destaques do Bahia na Série B do ano passado, competição na qual ele marcou seis gols. Em toda a temporada, balançou as redes 11 vezes. Este ano, até por não ter se consolidado como titular da equipe, tem números menos expressivos. Em 21 jogos, marcou apenas dois gols.
Ainda que lhe falte experiência na competição, Juninho sabe o que o Bahia precisa fazer para ter um bom desempenho no Brasileiro. “Acho que começar bem é muito importante para a sequência e, num campeonato competitivo como a Série A, onde vários brigam pelo título, cada ponto perdido é difícil de recuperar. São 38 finais e não pode deixar para depois o que você pode fazer hoje. É ponto a ponto”.
Depois do Atlético Paranaense, a tabela reserva para o Bahia dois jogos seguidos no Rio de Janeiro, contra Vasco e Botafogo, antes de emendar Atlético Goianiense e Cruzeiro novamente na Fonte Nova.
Bahia e Atlético Paranaense não se enfrentam desde 2014, quando o Furacão venceu na Fonte Nova por 2x1. Em 2011 foi a última vez que o tricolor ganhou o confronto. Na época, também pelo Brasileirão, Júnior “Diabo Loiro” marcou o gol do triunfo por 1x0.
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