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É difícil ver uma criança não pedir uma moeda aos pais para colocar nas máquinas e comprar a famosa bolinha pula-pula. No Vitória, quem não teve essa oportunidade na infância será obrigado a lidar com essa situação domingo, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba.

Agora a bola é maior, mas a dificuldade de segurá-la com firmeza é quase a mesma. Isso porque o Leão vai deixar o tradicional campo de futebol para enfrentar a equipe paranaense em um gramado sintético. “A gente não está acostumado, vai ser um desafio. Claro que alguns já jogaram em campo assim, inclusive eu, na base, mas é um pouco diferente. Na grama sintética a bola não rola, ela quica. Pula bastante e é muito rápida. Imagine para um goleiro isso. A depender da distância pega muita velocidade”, conta Caíque, que será titular mais uma vez. Fernando Miguel ainda se recupera após lesão.

Para amenizar os sustos, o Vitória começou a treinar ontem em um dos campos de grama sintética da Toca do Leão, onde Dagoberto capricha para sair da seca e fazer seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. Quem entrega o companheiro é Ramon. “A gente sabe como Dagoberto é. Ele tem cinco Brasileiros e não é à toa. Todo atacante sonha com gol e o dele ainda não saiu, mas vai sair. Ele está se esforçando muito, treinando todo dia. Cabe a ele finalizar, buscar, com fé em Deus pode sair o gol no próximo jogo”, aposta o zagueiro, que volta de suspensão.

Se o gol não vier dos pés de Dagoberto, sairá dos de Marinho. Essa é a aposta de Ramon, que aproveitou para amenizar a fama de fominha do companheiro. “A gente sabe da qualidade do Marinho. Ele é diferente de todos aqui. Cada um tem o dom, o dele é partir para cima. É o estilo de jogo dele, pode ter certeza que o grupo gosta, dá um desafogo no time. Gosto muito do futebol dele. Ele não prende bola para prejudicar o time, é o estilo dele, é sempre assim”.

No jogo de domingo, o técnico Vagner Mancini não poderá contar com os zagueiros Kanu, suspenso, e Guilherme Mattis, que se machucou mais uma vez.