Posição da Bahia no ranking reflete a necessidade de políticas públicas que estimulem a geração de empregos (Foto: Joá Souza/GovBA)
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (28) mostram que a Bahia ocupa a 20ª posição no ranking de rendimento domiciliar per capita (ou seja, por pessoa) entre as unidades da federação. O valor médio no estado foi de R$ 1.366 em 2024, abaixo da média nacional, que ficou em R$ 2.069 e baixo do salário mínimo, que é R$ 1.508. O Distrito Federal lidera o ranking, com R$ 3.444, enquanto o Maranhão aparece na última posição, com R$ 1.077.
Os números foram calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e atendem à Lei Complementar 143/2013, que estabelece critérios para o rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). O rendimento per capita é obtido pela divisão do total de rendimentos domiciliares pelo número de moradores, considerando salários, aposentadorias, benefícios governamentais e outras fontes de renda.
Bahia abaixo da média nacional
A Bahia ficou atrás de estados como Tocantins (R$ 1.737), Rio Grande do Norte (R$ 1.616) e Sergipe (R$ 1.473), mas à frente de Piauí (R$ 1.350), Pará (R$ 1.344) e Alagoas (R$ 1.331). O estado também superou os valores registrados no Norte do país, como Amazonas (R$ 1.238) e Acre (R$ 1.271).
Apesar de estar na 20ª posição, a Bahia ainda enfrenta desafios para elevar a renda média da população. O estado, que é o quarto mais populoso do Brasil, tem uma economia diversificada, com destaque para o setor de serviços, indústria e agricultura, mas ainda precisa avançar na geração de empregos formais e na redução das desigualdades regionais.
Distrito Federal lidera, Maranhão está na lanterna
O Distrito Federal manteve a liderança no ranking, com um rendimento per capita de R$ 3.444, 66% acima da média nacional. A posição de destaque é explicada pelo grande contingente de funcionários públicos na capital federal, que recebem salários acima da média da iniciativa privada.
Já o Maranhão, com R$ 1.077, aparece na última posição. A diferença entre o DF e o estado nordestino supera três vezes, evidenciando as disparidades regionais no país.
Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste dominam o topo
Nove estados e o Distrito Federal apresentaram rendimentos per capita acima da média nacional em 2024. Todos estão localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. São Paulo, o estado mais populoso do país, ficou em segundo lugar, com R$ 2.662, seguido por Rio Grande do Sul (R$ 2.608) e Santa Catarina (R$ 2.601).
Minas Gerais, que em 2023 estava acima da média, caiu para a 11ª posição, com R$ 2.001. O estado foi o único da região Sudeste a ficar abaixo da média nacional.
Desafios para a Bahia
A posição da Bahia no ranking reflete a necessidade de políticas públicas que estimulem a geração de empregos, a formalização da economia e a redução das desigualdades. O estado tem potencial para crescer, especialmente em setores como turismo, energia renovável e agronegócio, mas precisa de maiores investimentos em infraestrutura e educação para garantir um desenvolvimento mais equilibrado.
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