O Ibovespa conheceu sua sexta queda em sete pregões nesta quinta-feira (7), ao terminar o dia com variação negativa de 2,58%, a 40.69 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 6,04 bilhões, acompanhando o movimento pessimista dos índices nos mercados internacionais.
Com isso, o benchmark da bolsa brasileira teve seu pior fechamento desde 30 de março de 2009, quando encerrou no patamar de 40.653 pontos. Das 61 ações presentes na carteira do índice, 57 fecharam no vermelho, com destaque para os papéis da Vale (VALE3; VALE5), siderúrgicas, elétricas e exportadoras. Seguindo a maior aversão a riscos dos investidores, o dólar comercial fechou em alta de 0,77%, cotado a R$ 4,0525 na venda.
O pessimismo do mercado em mais uma sessão tem como pano de fundo um novo "circuit breaker" na bolsa da China. Após o Banco do Povo da China estabelecer o valor de paridade do yuan em 6,5646 por um dólar, o menor nível desde 2001, o mercado acionário do país caiu 7% e as negociações foram encerradas com apenas 30 minutos de sessão.
Em meio ao clima de pânico instalado, o megainvestidor George Soros disse em fórum no Sri Lanka que o país tem um grande problema de ajuste. "Eu diria que isso equivale a uma crise. Quando eu olho para os mercados financeiros, há um sério desafio que me faz lembrar da crise que tivemos em 2008", afirmou.
No fim da manhã, os investidores receberam a notícia de que o regulador do mercado chinês suspendeu a regra de "circuit breaker" das bolsas locais. A decisão veio após o mecanismo ser acionado duas vezes em uma semana. Os reguladores chineses estabeleceram este mecanismo de circuit breaker para controlar a volatilidade dos mercados. Porém, alguns analistas avaliam que o sistema acabou gerando o efeito reverso ao gerar preocupações sobre a saúde do mercado, ao reduzir a habilidade de ver o quanto as ações poderiam cair.
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