Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) desenvolveram, em parceria com a Universidade de Surrey, na Inglaterra, uma nova técnica que facilita a contagem de vasos sanguíneos no cérebro.
A descoberta deve aumentar a eficácia de pesquisas sobre Alzheimer e testes de remédios para tumor cerebral. O procedimento é feito em animais mortos.
A técnica funciona da seguinte maneira: o cérebro que será estudado é retirado do corpo, e nele injetam uma mistura de gelatina e tinta nanquim. Em seguida os médicos o mergulham em soluções químicas, deixando-o transparente.
O órgão é colocado em um microscópio de focal a laser, para ser mapeado. Por fim, as imagens são transferidas para o software, que monta uma simulação em 3D e conta os vasos sanguíneos presentes com uma margem de erro mínima.
Relevância
Um dos desenvolvedores da pesquisa, Robson Gutierre, explica a relevância do estudo: “Não é possível ver os vasos capilares na máquina de ressonância. Nós precisávamos de uma técnica que permitisse enxergá-los”.
Essa não é a primeira maneira de fazer isso, mas é a única que utiliza material acessível. Para testar a eficácia do medicamento, dois grupos de ratos são selecionados: um saudável e outro com tumor cerebral.
Os ratos doentes recebem a medicação durante um período e em seguida seus cérebros são comparados com o dos ratos saudáveis, a partir da contagem de vasos sanguíneos. Se os vasos tiverem diminuído, indica que o remédio funciona.
Alzheimer
Segundo Robson Gutierre, o mesmo pode ser feito em exames de Alzheimer. Antigamente esses resultados só poderiam ser alcançados se o pesquisador fizesse a contagem manualmente. Era necessário cortar o cérebro em várias partes e analisar uma por uma.
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