Município é a segunda cidade do estado com mais denúncias de crimes eleitorais, ficando atrás apenas da capital, Salvador (Foto: Reprodução)
Camaçari, cidade com o segundo maior PIB da Bahia, ocupa a mesma posição em outro ranking, bem menos glamuroso. O município é a segunda cidade do estado com mais denúncias de crimes eleitorais, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo aplicativo Pardal, plataforma oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para registro de irregularidades. Até o momento, Camaçari acumula 190 denúncias, ficando atrás apenas da capital, Salvador, que registra 543.
Entre os candidatos da cidade, o único já punido pela Justiça Eleitoral por propaganda irregular é Flávio Matos (União), o candidato apoiado pelo atual prefeito. Logo no primeiro dia de campanha oficial, Matos espalhou milhares de adesivos com seu rosto e número por toda a cidade, em uma ação que violou várias leis eleitorais. O material foi colado em equipamentos públicos e privados, incluindo placas de sinalização de trânsito, mobiliário urbano e até muros de escolas, o que resultou em sua punição. Esse episódio marcou um início conturbado para a campanha do candidato, que passou a ser alvo de inúmeras reclamações e denúncias.
A Bahia, no total, registra 1.489 denúncias de crimes eleitorais, ocupando a oitava posição no ranking nacional, atrás de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O estado é responsável por parte significativa das denúncias de propaganda irregular, com 9% dos casos envolvendo infrações na internet, enquanto 91% são classificadas como "outras irregularidades", sem mais detalhes.
Além de Camaçari e Salvador, outros municípios também figuram no levantamento de denúncias eleitorais no estado. Ilhéus (44), Feira de Santana (43) e Lauro de Freitas (35) completam o top 5 das cidades baianas com mais registros de irregularidades.
No âmbito nacional, as denúncias somam 32.847 em todo o país, reforçando o papel da fiscalização popular e do Pardal como ferramenta essencial para assegurar a lisura do processo eleitoral. A Bahia segue atenta às infrações, mas com Camaçari, novamente, se destacando em um cenário nada positivo.
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