Flávio Oliveira da Silva, o Fal Silva, morto por espancamento na noite de sexta-feira, em Camaçari, foi um dos fundadores, em 2011, do Afrocidade, um dos grupos mais celebrados da nova cena musical da cidade.
O Afrocidade foi criado em Camaçari a partir de aulas de percussão ministradas por Eric Mazzone, e logo se destacou por sua mistura de ritmos, que incluem o afrobeat, samba-reggae, dub e arrocha, criando um som único que celebra a cultura afro-brasileira e as raízes baianas. Além de músico, Fal era luthier, cuidando da regulagem, revisão, manutenção elétrica, blindagem, restauração e customização de instrumentos.
"Na banda, Fal era considerado o ‘violeira da maldade’. Quem acompanha o Afrocidade percebia o quanto ele vivia a música intensamente nos palcos e também fora deles”, diz um comunicado da Isé Música Criativa, produtora da banda.
Em 2022, o grupo lançou o álbum "Vivão" e, no ano seguinte, participou do festival The Town, em São Paulo. Dia 14 de setembro o Afrocidade está escalado para se apresentar, ao lado da cantora Rachel Reis, no festival Sarará, em Belo Horizonte.
A morte do guitarrista foi lamentada nas redes sociais por diversos artistas. "Meus sentimentos mais profundos! Força pra família e amigos. Força pra família musical!", escreveu Russo Passapusso, cantor do BaianaSystem. "Eu não acredito", manifestou-se a cantora Luedji Luna. "Força aí, meus amigos, muita luz", desejou o cantor Otto.
Segundo informações da Polícia Civil, o artista foi agredido por um grupo de homens, no bairro Novo Horizonte. Familiares relataram à TV Bahia que ele estava em uma pizzaria, que pertence a um parente, quando quatro homens o chamaram. Flávio, que conhecia esses homens, seguiu o grupo. Na rua, eles o espancaram até a morte.
O crime será investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios (DH/Camaçari). A polícia ainda informou que as guias para remoção do corpo e perícia foram expedidas e que as circunstâncias, autoria e motivação do homicídio estão sendo apuradas. O sepultamento aconteceu às 9h deste domingo (26), no cemitério do bairro Gleba H, em Camaçari.
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